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Cielo (CIEL3) convoca acionistas minoritários em meio a polêmica com bancões

Apenas os conselheiros independentes votaram, com abstenções dos oito indicados pelos bancos controladores

Cielo (CIEL3) convoca acionistas minoritários em meio a polêmica com bancões
Cielo (Foto: Divulgação/Cielo)

A Cielo (CIEL3) confirmou que o Conselho de Administração da companhia convocou uma assembleia especial de acionistas (AEA), em que participarão apenas os minoritários, para votar sobre a contratação ou não de um novo laudo de avaliação para o preço justo das ações da companhia na oferta pública de aquisição (OPA) lançada por Bradesco (BBDC3; BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) para fechar o capital da credenciadora.

O Broadcast havia antecipado que a assembleia seria convocada. Apenas os conselheiros independentes votaram sobre o tema, com abstenções dos oito indicados pelos bancos controladores da companhia. De acordo com a Cielo, os conselheiros independentes ressaltaram que o J.Safra, banco que havia sido indicado para fazer o novo laudo pelos acionistas minoritários que pediram a convocação da AEA, pertence ao mesmo grupo do J.Safra, que também atua no mercado de maquininhas. Por isso, recomendaram aos acionistas que avaliem se é viável ou não contratá-lo.

A diretoria da empresa propôs que seja encaminhada aos acionistas uma alternativa: a contratação do banco de investimento Rotschild, que é internacional e não atua em adquirência. Além disso, os conselheiros orientaram a diretoria a não dividir com qualquer banco que venha a ser contratado informações estratégicas da empresa.

A AEA acontecerá no dia 2 de abril. Caso os minoritários aprovem a contratação de um novo laudo, o banco escolhido terá 30 dias para confeccioná-lo. Se o preço por ação sugerido for o mesmo do laudo do Bank of America (BofA), de R$ 5,35, os minoritários terão de arcar com os custos do laudo.

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Um grupo de gestoras pediu a convocação da AEA por considerar que o preço ofertado pelos bancos subavalia a Cielo. Ao preço proposto pelos dois, a oferta movimentaria R$ 5,9 bilhões, mas as gestoras consideram que o valor poderia chegar a R$ 9,5 bilhões com um ajuste de premissas.