Depois de um tempo de otimismo com a Hypera (HYPE3), o Citi “pausa para respirar” ao rebaixar a recomendação da companhia de compra para neutro e cortar preço-alvo de R$ 51 para R$ 41, reduzindo a expectativa de ganhos para 2023 e 2024 em 3% e 12%, respectivamente. O banco pontua que as vendas sell-out seguem aquém das expectativas iniciais (apresentando algum risco negativo para o guidance de receita de 2023), o que combinado com a decisão da empresa de reduzir os descontos em algumas moléculas genéricas altamente competitivas, pode continuar a pesar no crescimento da receita no futuro.
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A casa pondera, contudo, que a gestão tem se comprometido em reduzir as despesas, melhorar o giro de capital e racionalizar o capex, o que deve aliviar parcialmente os ventos contrários de receita em nível de Ebitda (provavelmente atendendo ao guidance de 2023) e melhorar a geração de fluxo de caixa.
Adicionalmente, as preocupações iminentes sobre uma possível reforma tributária continuam a pesar no sentimento (por exemplo, a rescisão dos juros sobre capital próprio), pontua o Citi. “Apesar do convincente caso legal da empresa sobre seus subsídios fiscais atuais (crédito de presunção), a assimetria de impostos limitados pagos hoje é naturalmente negativa”, avalia.
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“Com as tendências de receita perdendo força, iminentes “riscos fiscais” e algum viés negativo para estimativas de consenso, não conseguimos ver catalisador óbvio a curto prazo, o que poderia impedir um re-rate da ação de seu valuation indiscutivelmente barato (11,1 vezes/9,6 vezes o preço por lucro esperado para 2024/2025)”, diz o relatório.
O novo preço-alvo de R$ 41,00 ainda representa um potencial de valorização de 10,4% sobre o fechamento de sexta-feira, 29.