Após o prejuízo de R$ 2,418 bilhões da Braskem (BRKM5) no terceiro trimestre, o Citi avalia que uma recuperação deve ocorrer “de forma mais lenta do que esperado anteriormente”, apesar de o banco manter a expectativa de melhora em 2024.
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Em relatório, os analistas Gabriel Barra e Andrés Cardona, dizem que a companhia revelou números abaixo das estimativas, além de um consenso de dinâmica pior na área petroquímica. Assim, o Citi atualizou o modelo, com novas estimativas macroeconômicas, preços de petroquímicos e números operacionais do terceiro trimestre. Foi revisada ainda a tese de investimento da Braskem.
Para o quarto trimestre, mesmo com a expectativa de um aumento de preços dos produtos petroquímicos pelos principais produtores globais, os analistas afirmam continuar a ver um cenário “pior” para a área petroquímica. “Só vemos ventos favoráveis a partir de 2025, quando os spreads devem aumentar em relação aos níveis de 2023/2024”, o que apoia a classificação de risco da empresa em neutro/alto.
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Desdobramentos do acidente ambiental em Alagoas estão entre os pontos de atenção, já que, segundo os analistas, mesmo com a maioria das preocupações parecendo resolvidas, os números de provisões têm aumentado, representando riscos para o fluxo de caixa da empresa.
Outro ponto de atenção é a redução dos impostos sobre importações de insumos industriais, o que poderia reduzir a competitividade de alguns produtos no Brasil; com impacto máximo de US$ 250 milhões no Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do ano, na estimativa no banco.