Em relação a uma possível separação da Natura&Co América Latina (NTCO3) e da Avon (AVON) em duas empresas independentes de capital aberto, o Citi diz que a cisão parece ser consistente com a estratégia da diretoria executiva de simplificar a empresa – que originalmente consistia em quatro negócios diferentes.
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“Entendemos que a Latam autônoma deve comandar múltiplos mais altos, dada sua margem mais alta (12-13% de margem Ebitda esperada para 2023 contra 7% para a Avon), maior potencial de crescimento (via marca Natura) e negócios simplificados e de menor risco em geral. Supondo que a Avon seja negociada a 5-6 vezes, veríamos a Latam a 7-8 vezes o múltiplo EV/Ebitda esperado para 2024, o que ainda é um grande desconto para os players globais de beleza (Coty, L’Oreal, Shiseido, que negociam a mais de 12 vezes o EV/Ebitda com base em estimativas de consenso). Em nosso preço-alvo, a Latam estaria próxima de 10 vezes o EV/Ebitda”, calculam os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo.
Eles destacam que a empresa citou “sinergias limitadas” e a presença geográfica distinta como fatores por trás da decisão de potencialmente fazer um spin-off com a Avon, o qual não afetaria a integração na Latam. “No entanto, ambas as empresas ainda precisariam de um acordo comercial para que a Natura Latam continuasse a usar a marca Avon (por exemplo, pagamento de royalties)”, observam.
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O Citi tem recomendação de compra para as ações da Natura, com preço-alvo de R$ 21 representando potencial alta de 30,8% em relação ao fechamento da última segunda-feira (05).