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Citi reduz preço-alvo de Raia Drogasil (RADL3); saiba mais

As estimativas de lucro para a Raia Drogasil seguem praticamente inalteradas, segundo o Citi

Citi reduz preço-alvo de Raia Drogasil (RADL3); saiba mais
Foto: Werther Santana/Estadão

O Citi reduziu o preço-alvo da ação ordinária da Raia Drogasil (RADL3) de R$ 29 para R$ 28, refletindo uma taxa de desconto (de 12,7% o custo de capital próprio) mais alta com riscos fiscais no radar, enquanto as premissas de lucro para a companhia permanecem praticamente inalteradas. A casa ainda reitera recomendação neutra por conta do valuation, enquanto os papéis são negociados a múltiplos “robustos” de 30,1 vezes o Preço por Lucro (P/E) esperado para 2024 e 24,1 vezes o P/E esperado para 2025.

As estimativas de lucro para a Raia Drogasil seguem praticamente inalteradas, segundo o Citi, destacando que os pressupostos de receita e margens mais forte foram compensados por uma taxa de imposto mais elevada, uma vez que a limitação de Juros Sobre Capital Próprio (JCP) a 50% do seu potencial a partir de 2024 reforça um risco iminente. “Com isso, estamos reduzindo nosso preço-alvo de R$ 29,0 para 28,0 por ação, em função de uma maior taxa de desconto, ainda mantendo nossa recomendação neutra”, afirma a casa.

Contudo, “o crescimento das vendas maduras continua a exceder confortavelmente a linha de base da CMED, o que, combinado com as receitas crescentes da 4Bio, deve naturalmente ajudar a impulsionar a alavancagem operacional (Ebitda ajustado deve subir 60 pontos-base de 2022 para o final de 2024) e impulsionar o crescimento dos lucros (taxa de crescimento anual composta, o CAGR, deve subir 29% de 2022 para o final de 2024) daqui para frente”, afirmam os analistas Leandro Bastos e Renan Prata, em relatório enviado a clientes.

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Os analistas ainda dizem que a empresa continua a evoluir com a sua estratégia holística de cuidados de saúde/bem-estar, bem como com a implementação da sua plataforma ADs, o que naturalmente é um bom presságio para o aumento da relevância, do TAM e do pool de lucros em toda a cadeia. Com isso, apontam que a combinação de consistência e execução sólida pode continuar a comandar múltiplos ‘premium’.

Em relação ao terceiro trimestre de 2023, o Citi prevê tendências saudáveis de vendas, que devem impulsionar um sólido crescimento de receita (+17% ano a ano). “Além disso, as margens deverão permanecer globalmente estáveis (cerca de 28,0%), enquanto as margens de Ebitda ajustado devem ser auxiliadas pela alavancagem operacional (ou seja, diluição das despesas com vendas), atingindo 7,2% (+40 pontos-base ano a ano). Como resultado, estimamos um lucro líquido de R$ 300 milhões, aumentando 46% na comparação anual”, afirmam os analistas.