A Unidas registrou resultados positivos no quarto trimestre, com Ebitda e lucro líquido recordes, além de um fluxo de caixa livre (FCF) de R$ 596 milhões, aponta o Citi em relatório. Contudo, os analistas Stephen Trent, Brian Roberts e Filipe Nielsen afirmam que, embora não esteja claro se a empresa poderia manter esse ritmo por um longo período, isso leva a pensar por que a administração decidiu limitar sua avaliação ao concordar em se fundir com sua rival Localiza.
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O lucro por ação da Unidas trimestre foi de R$ 0,54, ante o consenso de R$ 0,53. Por outro lado, para o ano inteiro, a Unidas queimou R$ 1,4 bilhão em fluxo de caixa livre – a terceira vez nos últimos quatro anos que a empresa queimou caixa.
“Assumindo condições de mercado neutras ao risco, esses resultados podem levar as ações da Unidas a serem negociadas de lado na manhã de terça-feira”, observam os analistas.
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O banco destaca que a recente geração de caixa provavelmente ajudou a Unidas a declarar um pagamento de juros sobre capital próprio de R$ 71,8 milhões, ou R$ 0,14 por ação, com o pagamento ocorrendo em 7 de abril e as ações negociadas ex-juros em 25 de março.
“Apesar disso, a falta de geração de caixa a longo prazo da empresa parece ser um problema. Separadamente, o spread da Unidas entre o ROIC e o custo da dívida após impostos deteriorou-se na base anual, de 1.100 pontos-base no 4tri20 para 900 pbs no último trimestre”, destaca.
O Citi tem recomendação neutra para a ação da Unidas, com preço-alvo de R$ 27, o que representa potencial de alta de 9,9% ante o fechamento de ontem.