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Cobre cai 4% com aversão a riscos por nova variante do coronavírus

Ainda não se sabe se as vacinas existentes são eficazes contra esta nova cepa

Cobre cai 4% com aversão a riscos por nova variante do coronavírus
Minério de cobre e ouro (FOTO: VALE)

Os contratos futuros de cobre fecharam em forte queda hoje (26), em sessão marcada pela aversão generalizada a riscos após a descoberta de uma nova e possivelmente agressiva variante do coronavírus. Os temores de um potencial novo avanço da covid-19 são impulsionados pela variante denominada “omicron” do coronavírus, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) apresenta um grande número de mutações, “algumas das quais preocupantes”, e alto risco de reinfecção. Ainda não se sabe se as vacinas existentes são eficazes contra esta nova cepa.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro recuou 3,94%, a US$ 4,4590 por libra-peso, enquanto a tonelada do metal para três meses na London Metal Exchange (LME) às 15h42 caia 3,54%, a US$ 9452,00. Na semana, a queda acumulada foi de 2,81% e 2,06%, respectivamente.

“Os metais industriais estão derretendo em resposta aos temores de que a variante, que os acadêmicos temem ser muito mais transmissível e que tenha uma maior capacidade de escapar das vacinas, possa prejudicar a recuperação do crescimento”, avalia o TD Securities. Enquanto novas informações sobre a mutação surgem, o banco de investimentos aponta sinais de que a cadeia de suprimentos pode estar finalmente se “afrouxando”, sugerindo que os metais industriais podem ser vulnerável a uma desaceleração no crescimento.

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O Commerzbank também destaca a aversão ao risco na atual sessão, mas lembra que o preço do cobre recebeu apoio de notícias da China ontem. De acordo com a Bloomberg, o governo chinês planeja usar medidas de política fiscal para apoiar a economia, o que incluirá investimento em infraestrutura. Para tanto, os governos locais devem emitir títulos especiais que normalmente são usados para financiar obras públicas, o que o banco alemão acredita que poderá elevar a demanda por metais.

Entre outros metais negociados na LME no horário citado acima, a tonelada do alumínio caia 4,58%, a US$ 2.593,00 a do níquel tinha queda de 3,30%, a US$ 19.985,00, a do chumbo avançava 0,48%, a US$ 2.281,50, a do zinco recuava 3,35%, a US$ 3.190,00, e a do estanho caia 2,42%, a US$ 38.750,00.