Os contratos futuros do cobre fecharam em alta nesta quinta-feira (7), após terminarem duas sessões no negativo. O avanço do ativo se deu em meio ao enfraquecimento do dólar, com a aproximação do acordo do teto da dívida americana. Além disso, os problemas de oferta permanecem, agravados por bloqueios de estrada próximas a uma das principais minas de cobre do Peru.
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Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para dezembro subiu 2,31%, a US$ 4,2435 por libra-peso. Já na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para três meses avançava 2,82%, a US$ 9.301,00, às 14h46 (de Brasília).
Hoje, o líder da maioria do Senado dos EUA, Chuck Schumer, afirmou que republicanos e democratas chegaram a um acordo sobre a suspensão do teto da dívida até dezembro. A notícia alegrou os mercados, proporcionando maior apetite por risco. Por sua vez, o dólar, considerado porto seguro dos investidores, se enfraqueceu ante rivais. Com a queda da divisa americana, o preço das commodities tende a diminuir para detentores de outras moedas e fortalecer a demanda.
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Em relatório, o Commerzbank observa que o cobre “lutou” para retomar a marca de US$ 9.100 por tonelada. Parte do impulso se deu por novos bloqueios de estradas no Peru, diz a analista Barbara Lambrecht. Desta vez, na província de Espinar, em Antapaccay, a sexta maior mina de cobre do país.
A crise global energética também segue no radar dos investidores, uma vez que pode ter reflexos sobre a negociação de commodities. O TD Securities aponta que a pressão sobre o setor imobiliário chinês também pode continuar a pesar sobre a demanda desses produtos. “No entanto, os preços dos metais industriais permaneceram amplamente em uma faixa de negociação elevada, refletindo que os riscos de oferta estão permeando todo o complexo, enquanto o interesse especulativo permaneceu moderado até o momento”, dizem os analistas.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio avançava 1,62%, a US$ 2.944,00, enquanto a do níquel tinha alta de 1,68%, a US$ 18.375,00, a do chumbo subia 1,56%, a US$ 2.184,00, a do estanho registrava ganho de 0,38%, a US$ 35.300,00, e a do zinco subia 1,41%, a US$ 3.057,00.