(Gabriel Caldeira, Estadão Conteúdo) – O cobre encerrou a sessão desta sexta-feira em baixa, mas acumulou ganho robusto no acumulado da semana, diante do enfraquecimento do dólar após leituras de inflação nos EUA mostrarem arrefecimento dos preços em junho. Hoje, o movimento foi inverso, com a alta da divisa americana no exterior pressionando os contratos da commodity metálica.
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Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre com entrega prevista para setembro recuou 1,03% hoje e avançou 3,28% na semana, a US$ 3,6685 por libra-peso. Na London Metal Exchange (LME), por volta de 14h30 (de Brasília), a tonelada do metal caía 0,99%, a US$ 8.110,00. Na semana, o contrato marcava alta de 2,79%.
O dólar foi o principal driver para metais industriais esta semana. Com os índices de preços ao consumidor e produtor americanos abaixo do esperado no mês, o mercado iniciou um movimento de busca por risco que tirou força do dólar e favoreceu commodities cotadas na divisa americana.
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Para o analista Craig Erlam, da Oanda, investidores estão cautelosamente otimistas após os últimos dados inflacionárias da principal potência global. “Os investidores são eternos otimistas e se concentrarão em fatores bons e ignorarão os ruins”, disse ele, após alertar sobre incertezas quanto a riscos de recessão e a política monetária do Federal Reserve (Fed).
Segundo a Capital Economics, a demanda por metais também foi impulsionada pela leitura melhor que o esperado da produção industrial da zona do euro em junho, divulgada hoje. O dado, contudo, não foi suficiente para evitar o recuo dos metais básicos hoje.
A consultoria britânica ainda destaca, em relatório, que a Shangai Futures Exchange (ShFE) relatou aumentos expressivos nos estoques de cobre e níquel, mas lembra que o cenário geral ainda aponta para recuo dos estoques ao longo da segunda metade de 2022, o que deve apoiar os preços até o fim do ano, na leitura da casa.
Entre outros metais negociados na LME sob mesmo vencimento, no horário citado, a tonelada do alumínio tinha baixa de 3,14%, a US$ 2.438,00, a do chumbo cedia 0,91%, a US$ 2.177,00, a do níquel recuava 1,74%, a US$ 23.210,00, a do estanho perdia 0,59%, a US$ 25.300,00, e a do zinco reduzia 1,45%, a US$ 3.603,50.
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