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Cobre acumula tombo de mais de 20% no 2° trimestre, o pior em 11 anos

A tonelada do alumínio cedia 1,31%; enquanto a a do níquel baixava 4,42%

Cobre acumula tombo de mais de 20% no 2° trimestre, o pior em 11 anos
Resultado do cobre na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). Foto: Envato Elements

Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta quinta-feira, em mais uma sessão marcada por aversão ao risco, à medida que investidores monitoram os riscos de recessão nas principais economias do planeta. Em particular, dados de atividade na China apontaram para incipiente recuperação, mas em ritmo mais fraco que o esperado.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro encerrou em baixa de 1,86%, a US$ 3,7100 a libra-peso. No mês, a queda foi de 13,6% e no trimestre, de 22%. Por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 1,96%, a US$ 8.245,00 por tonelada – desvalorização trimestral de 20,5% e mensal de 12%.

No caso da LME, o recuo no trimestre foi o mais acentuado desde 2011, de acordo com a Reuters.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa subiu de 49,6 pontos em maio para 50,2 em junho, conforme informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).

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Embora tenha voltado ao nível que sugere expansão, acima de 50, o resultado ficou aquém do previsto por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam alta a 50,5. “A economia chinesa está tendo apenas uma recuperação provisória após o levantamento das restrições contra o coronavírus”, avalia o Commerzbank, que atribui a queda nos preços das commodities aos dados.

Nos Estados Unidos, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed) – subiu 0,6% em maio ante abril. O núcleo, por sua vez, teve alta de 0,3%, ligeiramente abaixo da previsão do mercado. Já os gastos com consumo cresceram 0,2% e a renda pessoal, 0,5%.

Segundo a Fitch Ratings, as perspectivas de enfraquecimento da atividade devem pesar sobre boa parte dos metais, sobretudo na China. “As preocupações com a demanda decorrentes de lockdown na China estão pesando sobre commodities industriais”, explica.

Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio perdia 1,31%, a US$ 2.440,00, a do chumbo cedia 0,13%, a US$ 1.926,50; a do níquel baixava 4,42%, a US$ 22.835,00; a do estanho recuava 1,34%, a US$ 26.540; a do zinco caía 5,26%, a US$ 8.242,00.