Por André Marinho – Os contratos futuros de cobre fecharam em queda nesta quinta-feira, em mais uma sessão marcada por aversão ao risco, à medida que investidores monitoram os riscos de recessão nas principais economias do planeta. Em particular, dados de atividade na China apontaram para incipiente recuperação, mas em ritmo mais fraco que o esperado.
Leia também
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para setembro encerrou em baixa de 1,86%, a US$ 3,7100 a libra-peso. No mês, a queda foi de 13,6% e no trimestre, de 22%. Por volta das 14h20 (de Brasília), o cobre para três meses negociado na London Metal Exchange (LME) caía 1,96%, a US$ 8.245,00 por tonelada – desvalorização trimestral de 20,5% e mensal de 12%.
No caso da LME, o recuo no trimestre foi o mais acentuado desde 2011, de acordo com a Reuters.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) oficial da indústria chinesa subiu de 49,6 pontos em maio para 50,2 em junho, conforme informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Embora tenha voltado ao nível que sugere expansão, acima de 50, o resultado ficou aquém do previsto por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam alta a 50,5. “A economia chinesa está tendo apenas uma recuperação provisória após o levantamento das restrições contra o coronavírus”, avalia o Commerzbank, que atribui a queda nos preços das commodities aos dados.
Nos Estados Unidos, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) – medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed) – subiu 0,6% em maio ante abril. O núcleo, por sua vez, teve alta de 0,3%, ligeiramente abaixo da previsão do mercado. Já os gastos com consumo cresceram 0,2% e a renda pessoal, 0,5%.
Segundo a Fitch Ratings, as perspectivas de enfraquecimento da atividade devem pesar sobre boa parte dos metais, sobretudo na China. “As preocupações com a demanda decorrentes de lockdown na China estão pesando sobre commodities industriais”, explica.
Entre outros metais negociados na LME, no horário citado acima, a tonelada do alumínio perdia 1,31%, a US$ 2.440,00, a do chumbo cedia 0,13%, a US$ 1.926,50; a do níquel baixava 4,42%, a US$ 22.835,00; a do estanho recuava 1,34%, a US$ 26.540; a do zinco caía 5,26%, a US$ 8.242,00.
Publicidade