A preocupação com as economias está relacionada também com as redes sociais e tem gerado ansiedade financeira nas gerações de jovens adultos. A 12ª Pesquisa Anual da Delloite, publicada em 2023, revelou que os integrantes das gerações Z e Millennials percebem os impactos das redes sociais em suas vidas financeiras e nos investimentos a longo prazo.
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A pesquisa revelou que, entre os 22 mil entrevistados em 44 países, 51% da Geração Z [nascidos entre 1995 e 2015) e 43% da Geração Millennials (nascidos entre 1980 e 1994) se sentem pressionados a comprar o que não podem pagar ao navegar pelas redes sociais como TikTok e Instagram no dia a dia.
Essas compras por impulso podem acontecer quando veem os posts de amigos ou influenciadores com algum item novo ou de férias, e também em anúncios, o que aumenta o desejo de ter cada vez mais coisas para ostentar.
Com essas compras que não podem pagar, os jovens adultos fracassam nos investimentos a longo prazo. A pesquisa revelou que os integrantes das duas gerações citadas se preocupam com o alto custo de vida, vivem apenas dos salários que recebem, se veem na perspectiva de pegar empréstimos para pagar os estudos e até buscam um segundo emprego para fechar as contas no final do mês. Com isso, muitos estão adiando investir na compra de propriedades, carros e até os planos de formar uma família.
Outro estudo, o Bankrate informou que os usuários de redes sociais fazem compras por impulso durante a navegação e se arrependem depois. E esse tipo de compra prejudica o orçamento familiar e o planejamento para o futuro financeiro.
Inclusive, o longo uso das redes sociais na rotina prejudica o emocional das pessoas, que se sentem mal com a própria vida financeira quando se comparam com os outros, ficando desmotivados e com sentimento de fracasso.
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Brasil está no topo de ranking mundial dos influencers relevantes em decisões de compras
Um estudo da plataforma de cupons CupomValido, com dados da Statista e da HootStuite, revelou que o Brasil se tornou um país com a maior média de influenciadores que podem converter suas indicações em decisões de compras. A pesquisa mostrou que 43% dos brasileiros já compraram algo por indicação de um influencer.
Com isso, muitos influencers de finanças estão aderindo ao ‘disclaimer’, que é um aviso legal que busca resguardar o autor de futuros problemas jurídicos com autoridades. Isso porque um influencer que não é analista com CNPI não pode indicar compras de ações financeiras para outras pessoas. Saiba mais sobre o assunto aqui.