A Ágora Investimentos e o Bradesco BBI avaliam que a piora das condições de mercado nos últimos meses deve seguir fazendo com que assessorias de investimento desistam de se tornar corretoras. Em relatório divulgado nesta quinta-feira (26) pelas casas, o caso citado é o da Fami – escritório formado pela fusão de Faros e Messem -, que anunciou a pausa no processo.
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“Messem e Faros (escritórios ligados à XP) anunciaram uma fusão no início deste ano, em uma entidade combinada com R$ 65 bilhões em ativos sob custódia. Os planos naquela altura eram que a fusão proporcionasse a alavancagem operacional necessária para lançarem a sua própria corretora, que segundo a notícia foi adiada devido aos encargos/custos regulatórios relacionados com a sua materialização”, descrevem os analistas Gustavo Schroden, do BBI, e Renato Chanes, da Ágora, no relatório.
Para os analistas, as condições de mercado se deterioraram nos últimos meses, então a expectativa é que essa tendência persista no curto prazo. “Especialmente para os escritórios menores, que normalmente têm uma alavancagem operacional menos favorável para lançar as suas próprias operações independentes”, afirmam Schroden e Chanés.
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Reportagem especial do Broadcast Investimentos já havia mostrado que, apesar da corrida pela “corretora própria” dos últimos anos, o movimento das assessorias de investimento poderia arrefecer ou até desaparecer após a publicação das Resoluções CVM 178 e 179, que tratam do segmento. Com o fim da exclusividade com corretoras, a permissão para constituição de diferentes estruturas societárias e a possibilidade de entrada de sócios-investidores, as assessorias conseguem os mesmos benefícios que buscavam como corretora light, mas com uma “casca” mais leve e menor desafio operacional.