Satisfazer necessidades básicas, ter algum conforto e viver bem. Ao menos na retórica, esse é o objetivo que leva algumas das pessoas mais ricas do mundo a acumular suas fortunas ao longo da vida. Por outro lado, alguns super ricos ganham (ainda mais) notoriedade por atividades filantrópicas que realizam.
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Seja em nome da caridade ou de lições que tentam passar a seus herdeiros, doar grandes fortunas em vida também é uma maneira de diminuir a tributação devida ao Fisco. No Brasil, por exemplo, pessoas físicas podem abater até 6% de Imposto de Renda com doações. Em outros países, a variação das alíquotas é grande, mas a dedução de tributos também está presente em ordenamentos jurídicos.
Andrew Carnegie
“O homem que morre rico morre em desgraça”, escreveu Andrew Carnegie, magnata do aço no início do século passado, em seu livro ‘O Evangelho da Riqueza’. O empresário, de origem escocesa, recebeu US$ 480 milhões pela venda da Carnegie Steel Company, negócio que fez dele o homem mais rico do mundo, ultrapassando outra figura conhecida da época: John D. Rockefeller.
Difícil imaginar que com tamanha fortuna o próprio Carnegie não tenha “morrido em desgraça”, sob a ótica que sua célebre frase propõe. A estimativa é de que 90% daquilo que ganhou com a siderurgia tenha sido doado por Andrew Carnegie, restando-lhe algo próximo a US$ 50 milhões para suas ‘necessidades básicas’, nas duas primeiras décadas dos anos 1900.
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Ainda assim, o magnata do aço ficou conhecido por direcionar em vida grande parte de seu patrimônio para fundações de educação e para as chamadas “bibliotecas Carnegie”. Quem for a países como Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia ou África do Sul pode visitar esses locais até hoje.
Bill Gates
O bilionário e dono da Microsoft (MSFT34) é conhecido por inúmeras doações que fez ao longo da vida. Ele e a ex-esposa, Melinda French Gates, são responsáveis pela Fundação Bill e Melinda Gates, que se debruça sobre causas ligadas à saúde pública, combate a doenças e à diminuição da pobreza.
Durante a pandemia da Covid-19, Bill Gates fez uma das maiores doações vistas até aquele momento para a instituição que criou: US$ 20 bilhões (cerca de R$ 108 bilhões). Até o ano de 2022, a estimativa era de que Bill Gates havia doado cerca de US$ 55 bilhões da fortuna que acumulou. O bilionário também é responsável pela fundação filantrópica The Giving Pledge, ao lado de Melinda e Warren Buffett, dono da Berkshire Hathaway.
Warren Buffet
Entre os homens mais ricos do mundo (e grandes doadores de fortunas) está o dono da Berkshire Hathaway. Até o ano de 2022, a estimativa da revista Forbes era de que Warren Buffett teria doado valor aproximado de US$ 51,5 bilhões (cerca de R$ 265,33 bilhões). Entre os beneficiados está a fundação dos amigos Bill e Melinda Gates.
Além disso, Buffet anunciou que quando morrer deixará a fortuna que detém para um fundo de caridade. Este será gerenciado por seus três filhos, com a finalidade de direcionar as quantias para quem não teve “a mesma sorte” que eles.
Phil Knight
Um dos fundadores da empresa de artigos esportivos Nike é também um dos homens mais ricos do mundo atualmente. A fortuna de Phil Knight estava estimada em nada menos do que US$ 39 bilhões em 2023.
De acordo com levantamento feito pela revista Forbes, Knight teria destinado cerca de US$ 3,4 bilhões para as universidades estadunidenses do Oregon e Stanford, ambas frequentadas por ele em momentos distintos de sua vida.