A Cosan (CSAN3) divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2024 na noite desta terça-feira (28). A companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 192,2 milhões, uma redução de 79% na comparação com o prejuízo de R$ 904 milhões do mesmo período do ano passado.
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Para os analistas da Ágora Investimentos, Bradesco BBI, BTG Pactual e Itaú BBA, o balanço da empresa foi firme e em linha com as estimativas.
A equipe da Ágora Investimentos e Bradesco BBI comenta que o prejuízo já era esperado pelo mercado, visto que a Raízen (RAIZ4), subsidiária da empresa, já havia divulgado seu balanço com prejuízo ajustado de R$ 178 milhões.
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Os analistas da Ágora e Bradesco BBI também comentam que o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado pró-forma foi em linha com o esperado. A empresa viu o indicador crescer 10% na comparação entre o primeiro trimestre de 2024 e o primeiro trimestre de 2023. O Ebitda da Cosan encerrou o ciclo de janeiro a março de 2024 em R$ 5,17 bilhões.
“O grande destaque do trimestre foi o Ebitda ajustado de R$ 329 milhões da Moove, um crescimento de 19% na comparação com o quarto trimestre de 2023 e alta de 21% em relação ao primeiro trimestre de 2024. O número foi impulsionado pela expansão de margem de lucratividade após melhorias na diversidade de produtos da empresa”, explicam especialistas da Ágora e Bradesco BBI.
Já os analistas do Itaú BBA dizem que o resultado da companhia foi neutro, com o balanço de Rumo (RAIL3) positivo e os números da Moove fortes e acima do esperado, enquanto a Raízen não apresentou um trimestre atrativo. Vale lembrar que a Rumo e a Moove fazem parte do grupo Cosan: as companhias são subsidiárias da empresa, assim como a Raízen.
A Cosan reduziu sua participação na Vale (VALE3) para 4,15% com o intuito de reduzir seu endividamento. Essa mudança foi considerada uma boa decisão pelos analistas do Itaú BBA, visto que a dívida bruta da companhia foi de R$ 26,5 bilhões no quarto trimestre de 2023 para R$ 25,2 bilhões no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 5%.
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Já na visão do BTG, o balanço do trimestre revela que a companhia deve melhorar ao longo do ano. “Esperamos que o fluxo de dividendos melhore à medida que a Raízen pare de queimar caixa. Já a Compass e a Moove devem continuar impulsionando os resultados da Cosan. Além disso, os dividendos da Vale devem ser integralmente capturados, o que deve melhorar o balanço da empresa nos próximos trimestres”, estimam Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Pérez, que assinam o relatório do BTG.
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O BTG também diz acreditar que a ação da companhia apresenta um desconto de 30% em seu valor de mercado. Justamente por causa desses fatores, o banco recomenda compra para as ações da Cosan com um preço-alvo de R$ 30,00 para os próximos 12 meses. O número equivale a uma potencial alta de 116,1% em relação ao fechamento de terça-feira (28), quando a ação encerrou o pregão a R$ 13,88.
O Itaú BBA tem classificação de outperform para o papel, desempenho acima da média do mercado, que é equivalente à compra. O preço-alvo para a ação é de R$ 23 para o fim de 2024, uma alta de 65,7% na comparação com o fechamento de terça-feira.
A Ágora e o Bradesco BBI também recomendam compra para a Cosan. O preço-alvo estimado para o papel é de R$ 27, um crescimento de 94,5% na comparação com o fechamento de terça-feira.