“No entanto, os riscos tendem a um ritmo de aperto maior e possivelmente mais rápido, já que o quadro fiscal pode ser ainda mais enfraquecido durante o debate sobre o teto de gastos no Congresso”, analisa a economista-chefe do Credit Suisse Brasil, Solange Srour. “Mudanças na regra fiscal com o objetivo de aumentar as despesas nos próximos anos provavelmente reduzirão a credibilidade da regra para estabilizar a trajetória da dívida bruta no médio a longo prazo.” O banco projeta inflação acima do cenário atualizado pelo Copom em outubro, tanto para 2021 quanto para 2022.
Na estimativa do Credit Suisse, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará em 9,8% neste ano e em 5,8% no ano que vem, ao passo que a entidade monetária espera taxas de 9,5% e de 4,1%, respectivamente.