Novos ativos com vencimentos de opções semanais começarão a ser negociados na Bolsa brasileira a partir do dia 1° de julho. A novidade foi anunciada pela B3 nesta quarta-feira (26). Os dois produtos juntam-se a outros quinze cujas opções semanais começaram a ser negociadas no dia 29 de janeiro, conforme mostramos nesta matéria.
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As novidades são o ETF (fundo de índice) ligado ao Small Cap (SMAL11) e as ações da petroleira Prio (PRIO3). De acordo com a B3, os ativos foram selecionados pela alta liquidez no mercado à vista. Vale lembrar que as opções são contratos que dão aos seus titulares o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo por um valor pré-determinado (preço de exercício) até uma data também pré-estabelecida.
Antes das mudanças realizadas em janeiro, esse tipo de derivativo tinha vencimento mensal, na terceira sexta-feira de cada mês. Agora dezessete ativos contam com vencimentos semanais, todas as sextas-feiras. Veja a lista completa de ações e ETFs que apresentam essa possibilidade:
Ativos |
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Ambev (ABEV3) |
B3 (B3SA3) |
Banco do Brasil (BBAS3) |
Bradesco (BBDC4) |
Casas Bahia (BHIA3) |
ETF – iShares Ibovespa (BOVA11) |
ETF It Now Ibovespa (BOVV11) |
Gerdau (GGBR4) |
Hapvida (HAPV3) |
Itaú (ITUB4) |
Magazine Luiza (MGLU3) |
Natura (NTCO3) |
Petrobras (PETR4) |
Prio (PRIO3) |
ETF iShares Small Cap (SMAL11) |
Suzano (SUZB3) |
Vale (VALE3) |
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Ao lançar as opções com vencimentos semanais, a B3 procurou garantir ao investidor a oportunidade de realizar estratégias de curto prazo, aproveitando eventos específicos do mercado. Além disso, com o prazo de vencimento reduzido, o preço que se paga para comprar a opção (prêmio) diminui e os investidores podem seguir diferentes técnicas de aplicação. Com datas de vencimento mais distantes, ocorre o movimento contrário, já que há mais incertezas e isso acaba elevando o valor da operação.
Segundo Thalita Forne, superintendente de Produtos Listados da B3, os vencimentos semanais tiveram uma boa receptividade por parte do mercado e dos investidores, sendo que cerca de 20 mil pessoas físicas já negociam o produto. Pensando nisso, a B3 decidiu ampliar a quantidade de ativos disponíveis para viabilizar novas estratégias. “Além disso, aumentamos de cinco para oito o número de formadores de mercado com intuito de trazer melhor formação de preço para as opções e maior liquidez para os investidores”, afirma.
Desde a sua implementação até o dia 31 de maio, 1,6 bilhão de contratos semanais foram negociados, movimentando R$ 1,1 bilhão. Por dia, a negociação média é de 19 milhões de contratos, girando cerca de R$ 13 milhões. O recorde do período foi registrado no dia 4 de abril, quando foram negociados 40 milhões de contratos. Já em termos de volume, a data com maior movimentação financeira foi 23 de maio, com R$ 35 milhões sendo negociados num único dia.
Os dados da B3 mostram ainda que os principais ativos negociados por meio de opções semanais nos primeiros quatro meses foram as ações preferenciais da Petrobras (PETR4), com 35% dos contratos negociados, o ETF do Ibovespa (BOVA11), com 28%, e as ações ordinárias da Vale (VALE3), com 12%.
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