Após quatro trimestres consecutivos de queda, a dívida global subiu a 350% do Produto Interno Bruto (PIB) nos três meses encerrados em junho, segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF). Pelas estimativas da entidade, o indicador deve avançar a 352% do PIB até o final deste ano.
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Em termos nominais, contudo, o IIF calcula queda de US$ 5,5 trilhões no passivo mundial nesse período, a US$ a US$ 300 trilhões, em meio à desvalorização das principais moedas do mundo ante o dólar. De acordo com o Instituto, economias desenvolvidas registraram uma queda de US$ 4,9 trilhões, a US$ 201 trilhões, enquanto emergentes tiveram recuo de US$ 600 bilhões, a US$ 99 trilhões.
A instituição avalia que a escalada dos juros esfriará a tomada de empréstimos por empresas e famílias. “Preocupações com uma rápida desaceleração em crescimento (particularmente na China e na Europa) – e tensões sociais crescentes devido a preços mais altos de energia e alimentos – provavelmente aumentarão os empréstimos por parte dos governos (e empresas) para amortecer o impacto do enfraquecimento econômico”, prevê.
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O IIF vê um quadro de “crescente vulnerabilidades” em emergentes, à medida que o avanço da inflação e o dólar forte no exterior dificultam o acesso de soberanos aos mercados internacionais. Conforme a análise, esses países levantaram US$ 60 bilhões em títulos globais neste ano até o momento, de US$ 105 bilhões no mesmo período de 2021.