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Dólar hoje: moeda abre em queda com palestra do provável sucessor de Campos Neto no radar de investidores

Foco também está nos dados de vendas no varejo em junho, juntamente com balanços importantes previstos antes da abertura

Dólar hoje: moeda abre em queda com palestra do provável sucessor de Campos Neto no radar de investidores
Uma redução na taxa de juros da economia dos EUA tende a enfraquecer o dólar, tornando os ativos brasileiros mais atraentes. (Foto: Zuev Ali em Adobe Stock)
  • Palestra será no Fórum do Sicredi, em Anápolis, às 16h
  • Relatório de produção e venda da Vale (VALE3) para o segundo trimestre deve ser divulgado após fechamento do mercado
  • Ontem, moeda desacelerou ao longo do dia, fechando com uma pequena alta

O dólar hoje abriu o pregão em queda com o mercado atento aos Estados Unidos. Nesta terça-feira (16), a moeda americana é comercializada a R$ 5,4328, o que equivale a uma queda de 0,23%, quando comparado ao dia anterior.

Durante o dia, a atenção se volta para a palestra de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, que está no comando durante as férias de Roberto Campos Neto.

Após o Boletim Focus de ontem (15) mostrar que o mercado permanece cauteloso quanto à inflação do próximo ano, os investidores buscam indícios sobre o futuro dos juros no Brasil. Dessa forma, a palestra de Galípolo no Fórum do Sicredi, que ocorre em Anápolis às 16h, será acompanhada de perto. Vale lembrar que Galípolo é um dos principais candidatos a assumir a presidência do Banco Central no lugar de Roberto Campos Neto a partir do próximo ano, o que aumenta o interesse dos agentes financeiros em suas declarações.

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O foco também está nos dados de vendas no varejo em junho, juntamente com balanços importantes previstos antes da abertura, como os dos bancos Bank of America (BofA) e Morgan Stanley. Além disso, no cenário doméstico, a agenda corporativa inclui o relatório de produção e venda da Vale (VALE3) para o segundo trimestre, que deve ser divulgado apenas após o fechamento do mercado.

Ontem, no primeiro dia útil após o atentado ao candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, o dólar apresentou leve alta, tendo alcançado R$ 5,48 pela manhã e fechou cotado a R$ 5,445, um aumento de R$ 0,014 (+0,26%). A moeda, no entanto, desacelerou ao longo do dia, fechando com uma pequena alta.

Atentado a ex-presidente dos EUA valoriza dólar na véspera

A valorização global do dólar foi impulsionada pelo atentado ao ex-presidente e candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump. A expectativa é que o programa de corte de impostos do Partido Republicano aumente o déficit público dos EUA e eleve os juros de longo prazo dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo.

Além disso, a desaceleração da economia chinesa também contribuiu para a alta do dólar em relação às moedas de mercados emergentes, mas teve um efeito positivo na bolsa brasileira. O crescimento mais lento da China pode levar à implementação de pacotes de estímulo, impulsionando as exportações de commodities (bens primários com cotação internacional) para o país asiático.

A participação de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), no Clube Econômico de Washington também influenciou no câmbio. Powell admitiu que superestimou o tempo necessário para que a economia americana voltasse ao normal. A declaração foi dada numa entrevista com David Rubenstein. Em seu depoimento ao Congresso em 11 de julho, Powell expressou confiança de que a inflação estava se movendo em direção aos 2%, o que foi reafirmado na entrevista de hoje.

O presidente do Fed mencionou que os dados do segundo trimestre aumentaram sua confiança de que a inflação está voltando para a meta de 2%, após uma pausa no progresso durante os três primeiros meses do ano. No entanto, ele disse que não pretende indicar quando os cortes de juros podem começar.

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Ele enfatizou que o Fed está mais atento aos dois lados do mandato do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), destacando que os riscos estão mais equilibrados e que o mercado de trabalho não está mais superaquecido. Powell reiterou que um enfraquecimento inesperado do emprego poderia justificar o início do relaxamento monetário.

O que afeta o dólar hoje? Confira em sete pontos

  • O dólar abriu o pregão em queda, cotado a R$ 5,4328 (-0,23%).
  • Mercado atento aos dados de vendas no varejo dos EUA e balanços do Bank of America e Morgan Stanley.
  • No Brasil, atenção voltada para a palestra de Gabriel Galípolo, diretor de política monetária do Banco Central, às 16h no Fórum do Sicredi em Anápolis.
  • Galípolo está no comando durante as férias de Roberto Campos Neto e é um dos principais candidatos a assumir a presidência do Banco Central no próximo ano.
  • Investidores buscam pistas sobre o futuro dos juros no Brasil após o Boletim Focus indicar cautela em relação à inflação de 2025.
  • Relatório de produção e venda da Vale (VALE3) para o segundo trimestre será divulgado após o fechamento do mercado.
  • Ontem, após o atentado ao candidato à presidência dos EUA Donald Trump, o dólar teve leve alta, fechando a R$ 5,445 (+0,26%).

Depois das quedas da semana passada, o real caiu da quinta para a sexta posição entre as moedas mais desvalorizadas em um ranking de 118 divisas. Com o resultado de ontem, o dólar acumulou uma queda de 0,56% na semana, um recuo de 2,82% no mês e uma alta de 11,92% no ano.

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