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Dólar abandona perdas iniciais e avança após PEC dos Precatórios

Depois de abrir em leve queda, às 10h12 o dólar avançava 0,28%, a 5,6050 reais na venda

Dólar abandona perdas iniciais e avança após PEC dos Precatórios
Foto: Pixabay

O dólar abandonou queda registrada no início do pregão e passava a subir contra o real nesta quinta-feira (4), com investidores digerindo a aprovação do texto-base da PEC dos Precatórios em primeiro turno na Câmara dos Deputados.

A PEC abre espaço fiscal para o pagamento do Auxílio Brasil, um benefício social, de 400 reais até o final de 2022, ano em que o presidente Jair Bolsonaro deverá tentar a reeleição. Os deputados ainda precisam analisar destaques que podem alterar o texto da proposta antes de votá-la em segundo turno e, caso aprovada, enviá-la ao Senado.

Embora longe de ser uma boa notícia para os mercados financeiros, uma vez que flexibiliza as regras fiscais e afeta a credibilidade do país, o avanço da PEC foi recebido por alguns investidores como esperança de que não haverá completo descontrole na manutenção das contas públicas, após um mês de outubro marcado pelo medo de abandono total do teto de gastos.

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“A aprovação da PEC pode se caracterizar como um sinal, mesmo que pontual, de que não haverá demandas adicionais (por gastos)”, disse Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, em post no Twitter.

Mas o descontentamento de participantes do mercado com a situação fiscal do país segue elevado, com a percepção de irresponsabilidade com os gastos levando a expectativas de endurecimento ainda mais agressivo da política monetária do Banco Central e a rebaixamentos nas projeções para o desempenho econômico do país por parte de instituições financeiras importantes.

Nesta quinta-feira, o Credit Suisse disse em relatório que o Brasil “minou a credibilidade de todas as suas regras fiscais” desde que o governo decidiu pela alteração das normas em torno do teto de gastos como opção para financiamento do auxílio mais robusto.

“Na nossa opinião, mudar a regra do teto de gastos para temporariamente aumentar os benefícios sociais não apenas reduz a credibilidade do instrumento fiscal, uma vez que em outros momentos de necessidade o governo poderia mudar a regra novamente, mas também aumenta enormemente a probabilidade de a regra ser alterada de novo em 2023, uma vez que será muito difícil para qualquer presidente que seja eleito no ano que vem acabar com o auxílio temporário”, afirmou o banco em relatório assinado por Solange Srour, economista-chefe do banco no Brasil, e Lucas Vilela, economista.

Depois de abrir em leve queda, às 10h12 o dólar avançava 0,28%, a 5,6050 reais na venda. A moeda foi a 5,6201 reais na máxima do dia, alta de 0,55%. Na mínima, alcançada nos primeiros minutos de negociação, o dólar tocou 5,5740 reais, baixa de 0,27%.

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Além de fatores domésticos, o desempenho do dólar frente ao real neste pregão refletia o desempenho da divisa norte-americana no exterior. O índice do dólar contra uma cesta de seus moedas fortes avançava 0,44% nesta manhã.

Na véspera, o Federal Reserve confirmou que começará a desfazer seu estímulo da era pandêmica, o que é, no geral, visto como benéfico para o dólar.

Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1%, a 5,6365 reais.

Na véspera, o dólar spot fechou em baixa de 1,45%, a 5,5891 reais

 

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