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Dólar acelera alta e supera R$5,54 atento a BC; exterior pesa

Ruídos sobre nova greve de caminhoneiros e expectativas por votação da PEC dos Precatórios adicionavam cautela

Dólar acelera alta e supera R$5,54 atento a BC; exterior pesa
Fonte: AybikeOzturk/Shutterstock

O dólar acelerou fortemente os ganhos frente à moeda brasileira nesta segunda-feira (18), saltando bem mais de 1% e superando 5,54 reais, com operadores capturando o clima externo negativo e aparentemente testando a disposição do Banco Central de intervir no mercado.

Ruídos sobre nova greve de caminhoneiros e expectativas por votação da PEC dos Precatórios na Câmara nesta semana adicionavam cautela ao dia.

O dólar à vista subia 1,37%, a 5,5292 reais, às 10h57. A moeda brasileira tinha o pior desempenho global entre seus principais pares nesta sessão.

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O dólar está em alta desde o começo dos negócios, com acréscimo de 0,11%, a 5,4607 reais, na mínima. Mas logo depois a moeda tomou fôlego e desde então vem em curva ascendente, batendo uma máxima de 5,5440 reais, valorização de 1,64%.

Isso apesar de o Banco Central já ter irrigado nesta manhã o mercado com 500 milhões de dólares em dinheiro “novo”, na forma de contratos de swap cambial tradicional. O volume, porém, foi apenas metade do ofertado diariamente entre quarta e sexta da semana passada.

A maior presença do Bacen no mercado de câmbio na semana passada, em que o dólar chegou a superar 5,57 reais na quarta-feira (13), permitiu que a moeda fechasse em queda de cerca de 1% na semana.

Mas os compradores de dólar já nesta manhã encontraram terreno após dados mais fracos do PIB da China, maior parceiro comercial do Brasil, elevando preocupações acerca da retomada econômica global.

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“Condições financeiras globais mais apertadas e crescimento mais fraco e a crise energética na economia da China provavelmente manterão o apetite por risco limitado e a volatilidade em foco, adicionando fraqueza ao real”, disseram estrategistas do Société Générale em nota.

“O alto prêmio de risco, devido à incerteza política, provavelmente manterá elevadas as taxas de juros dos trechos longos da curva e o real sob pressão de enfraquecimento”, acrescentaram os profissionais, chamando atenção para o fator político doméstico, recorrentemente citado em análises.

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