O dólar mantinha sua rota ascendente e tentava se firmar em alta nesta segunda-feira (11), superando 5,54 reais enquanto a moeda norte-americana ia às máximas da sessão no exterior e os mercados de ações minguavam com temores de inflação e seus impactos sobre o crescimento.
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A baixa liquidez seria um fator a exasperar as oscilações. O contrato de dólar futuro mais curto negociava menos de 100 mil contratos, a caminho de fechar com o menor giro de negócios desde 6 de setembro, também véspera de um feriado.
O mercado de câmbio não abrirá na terça por causa do Dia de Nossa Senhora Aparecida.
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Às 15h (de Brasília), o dólar à vista subia 0,42%, a 5,5384 reais. Na máxima, foi a 5,5404 reais (+0,45%), após cair a 5,4924 reais (-0,42%) na mínima. Na B3, o dólar ganhava 0,45%, a 5,5550 reais, também colado no pico intradiário (5,5570 reais), em torno dos maiores níveis desde abril.
Nos EUA, o feriado do Dia de Colombo mantinha paradas as negociações com títulos do Tesouro, retirando uma referência para operações nos demais mercados. Mas o índice do dólar foi de forma gradual ganhando força até operar em alta de cerca de 0,2%, nas máximas intradiárias e aproximando-se mais de picos em um ano tocados no fim de setembro.
Investidores seguiam colocando na conta riscos de o banco central dos EUA apertar a política monetária à medida que a inflação não dá sinais de abatimento. Os receios são intensificados por um imparável rali nos preços do petróleo, com o contrato norte-americano nos valores mais altos desde 2014, acima de 80 dólares o barril, no que pode ser uma verdadeira injeção de inflação na economia.
O clima de cautela externa se soma a um ambiente doméstico já ruidoso, o que acaba sustentando os prêmios de risco que fizeram o dólar cruzar a linha dos 5,50 reais e se manter acima dela.
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A equipe de pesquisa macro do BTG Pactual digital elevou as projeções para a taxa de câmbio nos três cenários que considera, com a agenda política como principal ponto de atenção nos próximos meses no campo doméstico.
No cenário básico, o dólar agora deve terminar o ano em 5,30 reais, ante taxa de 5,00 reais prevista anteriormente. No cenário otimista, a moeda fica em 5,10 reais, contra 4,80 reais estimados antes. Nos cálculos mais pessimistas, o dólar fecha 2021 em 5,60 reais, de 5,40 reais do prognóstico anterior.