O que este conteúdo fez por você?
- Quase 22 mil crianças e adolescentes, até 15 anos, investem hoje na bolsa de valores brasileira, segundo dados da B3. Uma década atrás, este número não passava de 2 mil, o que representa um aumento de 1.100%
- Felipe Molero começou a empreender aos 9 anos, vendendo sucos, doces e livros na escola. Ele começou a investir aos 10 anos, depois que descobriu que as pessoas mais ricas do mundo possuem duas características em comum: são empreendedoras e investidoras
- “Acima dos lucros, investir evita que você rasgue seu próprio dinheiro e ajuda na conscientização da saúde financeira”
O que você fazia aos 9 anos de idade? O paulista Felipe Molero vendia sucos, doces e livros em sua escola, em Osasco, com um único objetivo: juntar dinheiro para começar a investir. Aos 10 anos, já tinha conta aberta em corretora e adquiriu seu primeiro ativo: cotas da HSI Malls Fundo de Investimento Imobiliário (HSML11).
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De lá para cá, não parou mais e hoje, aos 13 anos, é uma das crianças investidoras mais influentes da internet, com mais de 734 mil seguidores no Instagram e 72 mil inscritos no seu canal do YouTube. A veia empreendedora do “Kid Investor”, como ele é conhecido, não para por aí. Além de estudante do oitavo ano do ensino fundamental, ele é palestrante, fundador de três empresas e uma das quase 22 mil crianças e adolescentes de até 15 anos que investem na Bolsa de Valores.
“Comecei a investir em ações com a crise do coronavírus, no início de 2020”, diz. “Considerei que era uma boa oportunidade e acabei descobrindo que me identifico mais com investimentos em ações do que em fundos imobiliários.”
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Entre os papéis prediletos de Molero estão Taesa (TAEE11), EDP Brasil (ENBR3), Itausa (ITSA3 – ITSA4) e BTG Pactual (BPAC11). “Minha carteira é bem diversificada. Atualmente, 60% dos meus ativos estão em ações, 30% em ETFs e 10% em fundos imobiliários”.
Para Molero, que é fã de Warren Buffett e Luiz Barsi, ser influencer de finanças para o público infanto-juvenil é um privilégio e uma grande responsabilidade. “Recebo muitas mensagens de pessoas falando que começaram a investir ou a empreender por minha causa”, conta. “Para aumentar o número de investidores jovens no Brasil, precisamos mudar um pouco da cultura da poupança, ampliar o acesso aos investimentos e que as pessoas parem de dizer que investir não é coisa para criança”.
Confira a entrevista na íntegra com Felipe Molero, onde ele conta sua trajetória, seus planos para o futuro e o que espera dos investimentos em 2022.
E-Investidor – Como surgiu o seu interesse pelas finanças?
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Quando eu tinha 9 anos de idade, eu não sabia na verdade que este mundo existia, mas eu tive a curiosidade de saber como as pessoas ao redor do mundo ganhavam dinheiro. Vendo que muita gente tinha muito dinheiro eu pensei: “o que essas pessoas fizeram para chegar lá?”
Então, abri a lista da Forbes, olhei os nomes das pessoas mais ricas do mundo e pesquisei um pouquinho sobre a história de cada uma delas e vi que elas tinham algumas coisas em comum: todas empreendiam e investiam.
Achei maneiro e comecei a pesquisar um pouco mais e aí sim tive o interesse pelo mundo das finanças. A curiosidade me levou a pesquisar e pesquisar me levou ao interesse.
Assim, quando eu ainda tinha 9 anos de idade, comecei a vender algumas coisas na minha escola — suco, bala, chiclete e livro — para fazer um dinheiro e poder investir. No ano seguinte, com 10 anos, eu comecei a investir de fato.
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E-Investidor – Seus pais também investem, têm interesse nesse universo ou tudo partiu de você mesmo?
Tudo partiu de mim, no final das contas, porque meus pais não investiam e era até um pouco tabu falar de dinheiro com eles. Eles sempre tiveram um pensamento muito padrão do brasileiro de poupança, tanto que quando eu pensei em investir, conversei com meus pais e eles me falaram que isso não era coisa de criança.
Até que uma hora acabei conseguindo convencer eles e depois que eu comecei a produzir conteúdo na internet, minha mãe começou a investir, minha avó começou a investir, meu irmão mais velho começou a investir por minha causa.
E-Investidor – E como foram os primeiros passos no universo dos investimentos?
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Lembro de estar pesquisando a história das pessoas mais ricas do mundo e aí pesquisei no YouTube assuntos relacionados a investimentos, bolsa de valores e comecei a assistir aos vídeos de alguns canais.
Depois eu comprei uns livros também. Acho que os primeiros dois livros que eu li foram “Pai Rico, Pai Pobre” e “Os segredos da mente milionária”. Mas a maior parte do conhecimento que tive naquela época veio das pesquisas feitas no YouTube.
E-Investidor – Qual foi o seu primeiro investimento?
Achei muito legal investir em fundo imobiliário, foi o primeiro investimento que eu fiz. Assisti a um vídeo do Primo Rico (Thiago Nigro) no qual ele comentava o efeito bola de neve, juros compostos, fundos imobiliários, e fiz uma conta.
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Pensei: se eu continuar vendendo as coisas na escola, fizer R$ 100 por mês com essas vendas e eu conseguir investir R$ 100 todos os meses em fundo imobiliário, quando eu tiver uns 18 anos eu vou ter perto de R$ 15 mil investidos e aí eu vou conseguir comprar, com os dividendos dos meus fundos imobiliários, cotas novas. Fiz essa conta e por isso comecei a investir em fundos imobiliários.
O primeiro FII que eu comprei foi o HSI Malls (HSML11), de shopping. Lembro que comprei e fiquei muito feliz.
E-Investidor – Qual foi a importância do apoio dos seus pais para o seu trabalho dar certo? Eles ainda te auxiliam?
Naquela época dos meus primeiros investimentos, a ajuda que eles me deram era muito necessária. Para abrir conta em uma corretora, sendo menor de idade, precisava da assinatura dos pais. Mas lembro que como ia ser um pouco demorado, um pouco chato, decidimos começar a investir pelo nome da minha mãe e aí a gente abriu no nome dela e eles me deram esse apoio.
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De tanto eu falar para eles que eu queria, uma hora minha mãe falou que tudo bem e aí a gente abriu a conta no nome dela e eu comecei a investir. Só que na questão de fazer as compras dos ativos, acabei fazendo tudo por conta própria, porque eu já tinha pesquisado um pouco sobre investimentos.
E-Investidor – E qual foi o pior erro que você cometeu até agora? O que você aprendeu com ele?
Acho que estudei muito bem antes de começar a investir, tanto que deixei meu dinheiro na poupança por algum tempo, até eu me sentir seguro para fazer os primeiros investimentos.
Considero que o maior erro que eu cometi foi ter comprado alguns títulos, algumas ações sem ter analisado, sem ter escolhido friamente eles, sem realmente ter feito uma análise completa, verificado se fazia sentido aquela compra.
Mas isso não aconteceu muito, aconteceu uma ou duas vezes, mas acho que é uma lição muito importante, porque o mercado financeiro não é uma aposta, mas a gente pode tratar ele dessa forma se não soubermos o que estamos fazendo.
E-Investidor – Você já pensa em alguma formação superior? Como vislumbra seu futuro?
Com certeza a paixão que eu tenho por investimentos vai continuar porque é uma coisa que eu gosto de pesquisar e eu gosto muito do jeito que o mercado financeiro funciona. Mas eu não pretendo seguir nesta carreira.
Óbvio que como eu sou muito novo, tudo pode mudar, então eu não sei exatamente quais vão ser minhas prioridades daqui a alguns anos, mas atualmente eu penso em seguir com as empresas que eu tenho. Hoje, acabo tratando os investimentos como uma coisa um pouco mais secundária. O dinheiro que eu faço empreendendo, acabo usando para investir.
Não necessariamente vejo uma grande necessidade de fazer uma faculdade, mas se eu fizer, provavelmente vou cursar contabilidade, não porque eu quero seguir carreira como contador, nada disso, mas eu acho que para quem é empreendedor pode ser uma boa ter esse conhecimento.
E-Investidor – A internet é um ambiente bem desafiador para os investidores. Você já passou por alguma situação desconfortável?
Acontece bastante, ainda mais porque além de investidor e empreendedor, eu sou criança, então eu acabo passando por situações desagradáveis. Acho que é muito da internet gostar de criticar criança, ainda mais quando a criança está nesta área, é pior ainda.
Mas como eu já tenho canal no YouTube faz tempo, fui criando uma certa barreira para não ligar para as críticas que chegam. Já passei por muitas críticas, muita gente falando que ou eu estava mentindo, ou que eram os meus pais que faziam por mim, ou então, que eu não devia estar fazendo isso, que eu devia estar jogando bola, fazendo qualquer outro tipo de coisa.
Já teve até situações onde eu recebi ameaças, mas era óbvio que não ia acontecer nada. Na real não foi nem para mim, a ameaça era para os meus pais porque teoricamente eles estavam me fazendo de marionete, e aí a pessoa disse que ia fazer alguma coisa ruim com meus pais.
Eu aprendi a não ligar muito para isso, porque normalmente quem fala coisas desse tipo, na certa está em um dia ruim e quer descontar em você, ou sente algum tipo de inveja, porque normalmente as pessoas que são boas no que fazem, pessoas grandes, não vão perder o tempo delas para ficar criticando.
E-Investidor – Qual é a composição atual da sua carteira de investimentos?
Eu gosto de colocar minha carteira de uma forma onde eu consiga estar bem diversificado. Então hoje em dia ela está mais ou menos assim: 60% em ações, 30% em ETF e 10% em fundo imobiliário. É óbvio que vai oscilando por conta da mudança de preço e tudo, mas normalmente é assim que funciona.
Comecei muito com fundos imobiliários, só que quando aconteceu a crise do coronavírus, no início de 2020, achei que era uma boa oportunidade para eu começar a investir em ações também. Acabei descobrindo que eu me identifico mais com investimentos em ações do que em fundos imobiliários, por isso minha porcentagem de investimento em FIIs foi diminuindo bastante ao longo do tempo, por mais que eu ainda aporte neles.
Algumas das ações que eu tenho, por exemplo, são: Itausa (ITSA3 – ITSA4), BTG Pactual (BPAC11), Taesa (TAEE11) e EDP Brasil (ENBR3). De ETF invisto em IVVB11, que é o investimento que replica os investimentos nos Estados Unidos, e NASD11, que replica a Nasdaq. Em fundos imobiliários, a minha principal posição é IRDM11, Iridium Recebíveis Imobiliários.
E-Investidor – Você também investe em criptomoedas? O que acha dessa classe de ativos?
Tenho um pouquinho de criptomoedas. Tenho pouco porque acho que até faz sentido o investimento em criptomoedas — não em qualquer uma, afinal existem mais de 6 mil moedas digitais. As únicas que gosto são Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), porque na minha cabeça essas sim têm uma certa base.
Se a gente for levar em consideração grandes países que estão sofrendo por questões políticas, estão sofrendo com grandes inflações e até mesmo o povo do país vem empobrecendo muito, passando a viver vidas muito terríveis, se você for ver, eles vêm aderindo muito bem ao uso do Bitcoin. Então, países que não acreditam, não têm mais fé na sua própria moeda passam a usar quase que como moeda principal o Bitcoin. Para uma moeda funcionar, a base principal, é que o povo acredite nela. Então grandes países que vêm se deteriorando ao longo do tempo, o povo passa a usar bitcoin.
Eu não sou muito otimista com o futuro do País, por mais que eu queira ser, principalmente quando o assunto é política, por isso eu gosto de deixar uma parte do meu patrimônio em Bitcoin, porque penso que se, por acaso, uma coisa dessa chegar ao Brasil, se a gente for se tornando uma Venezuela, Argentina, que está indo para o buraco agora também, acho que é interessante eu ter uma parte do meu portfólio em criptomoedas.
E-Investidor – Quem é sua maior inspiração no mercado financeiro e por quê?
No mercado financeiro eu tenho duas inspirações. A principal é o Warren Buffett, porque além de investidor, ele é um grande empreendedor, ele sabe tomar as decisões certas de como fazer investimentos em um negócio, conseguiu tomar o controle da Berkshire Hathaway. Gosto muito dele porque ele começou a investir muito cedo também, assim como eu, e além de investir, ele também começou a ganhar dinheiro muito cedo. Ele entregava jornal, vendia Coca-Cola, ele tinha alguns projetos empreendedores, acho isso muito legal.
Aqui no Brasil, gosto muito do Luiz Barsi, por ele ser um desses representantes que começaram bem pequeno, e hoje é o maior investidor pessoa física, ele é um CPF na Bolsa, só que com dinheiro de pessoa jurídica. Gosto muito dele justamente por isso, por ele ter conseguido construir um caminho grande, mesmo começando de baixo e por ser do Brasil também.
E-Investidor – Você considera que já é capaz de influenciar crianças e adolescentes a se relacionarem melhor com o dinheiro?
Recebo todo dia muita mensagem de criança, adolescente e até de pessoas um pouco mais velhas também, mas a maior parte do meu público é criança e adolescente. Então recebo muita mensagem de gente falando que começou a investir por minha causa, começou a empreender por minha causa, criou um projeto novo por minha causa. Só de saber que eu despertei alguma coisa em alguém, eu fico muito feliz, e recebo isso todo dia, então eu fico muito feliz mesmo.
Hoje em dia eu estou com 730 mil seguidores no Instagram e sempre que coloco uma caixinha de perguntas recebo muitas mensagens dizendo que não tem pergunta, que quer só agradecer por eu ter influenciado. Uma vez eu fiz uma palestra e no dia seguinte um pai veio falar comigo dizendo que eu mudei a vida do filho dele, que o filho, a partir dali, já tinha feito vários planos, que queria começar a investir e foi uma extrema felicidade para mim.
E-Investidor – Por que você acha que há poucos jovens investindo na Bolsa?
Acho que é uma coisa padrão no Brasil porque a população não investe e foi criado um senso muito grande de que o único investimento possível é a poupança, de que isso é o certo, e que Bolsa de Valores é aposta. Então acabo não julgando muito esse número, só acho que nós, influenciadores e portais de notícia, temos um grande trabalho pela frente, para tentar mudar um pouco isso.
Mas isso é um reflexo do que a gente vê todo dia, de pessoas que colocam dinheiro na poupança e ficam divulgando erroneamente que isso é o melhor a se fazer, mas acho que isso é algo que tende a mudar ao longo do tempo, ainda mais com o trabalho dos influenciadores.
E-Investidor – E o que está faltando para isso acontecer?
Falta mudar um pouco da cultura e dar o acesso que o jovem precisa, porque muitas vezes ele nem sabe onde pesquisar sobre o assunto, é bombardeado com muita gente dizendo que investir não é coisa para criança, que bolsa é aposta, que deveria parar com isso. Temos um processo pela frente, mas é importante deixar bem claro que Bolsa de Valores não é aposta e mostrar casos de sucesso como o do Buffett e do Barsi.
Agora, com plataformas como TikTok e Reels, isso está muito mais fácil. Elas levam conteúdos que você nem fazia ideia que existiam. Os usuários assistem vídeos de gente que não conhecem, não seguem e isso é muito legal, porque às vezes eu falo sobre investimentos em algum vídeo meu e alguém que não fazia ideia de quem eu era, rola a tela para baixo, vê esse vídeo e vai ver um pouco mais sobre meu conteúdo, até que começa a investir por minha causa.
Acho que tem como a gente fazer esse trabalho, mostrando os acessos necessários e já tirando essa coisa de que investir é aposta, e mostrando que é coisa de jovem, sim.
E-Investidor – O que você diria para um jovem que tem dinheiro guardado na poupança?
O investimento em poupança não deveria nem ser considerado investimento. Se a gente for considerar como investimento, é o pior do Brasil hoje em dia, porque ele rende a taxa Selic e mesmo com a taxa Selic subindo, existem investimentos que rendem muito mais do que isso — hoje a Selic está em 6,25% ao ano.
Quando você deixa seu dinheiro na poupança, você ainda perde para a inflação, então hoje a inflação, que é o IPCA, se encontra em uns 9% mais ou menos, e se a gente for levar em consideração o IGPM, que mede o preço real, a inflação real das coisas, passa de 30% ao ano. Por isso, quem está deixando dinheiro na poupança deixa porque acha que está rendendo um pouco, mas no fim, esse rendimento acaba sendo negativo por conta da inflação.
Os jovens que têm um pouco mais de apetite ao risco podem ir migrando para outros tipos de investimentos que rendem muito mais. Mesmo se você não tem apetite a risco, ainda existem outros investimentos que são até mais seguros que a poupança, e que podem render mais que ela. Como o próprio Tesouro Selic, ou até mesmo o Tesouro IPCA e outros tipos de CDBS também.
Hoje não tem mais desculpa para deixar dinheiro na poupança. Quando a pessoa fala que é mais seguro, tem como mostrar outros investimentos mais seguros para ela e investimentos com muito mais rentabilidade.
E-Investidor – 2021 tem sido um ano marcado por muita volatilidade na Bolsa de Valores. O que você espera para os seus investimentos em 2022, considerando que temos um ano de eleição pela frente?
O fator eleição é muito importante para o ano que vem. Dos meus investimentos atuais, eu venho deixando bastante dinheiro em caixa, porque eu não sou tão otimista assim e acho que no fim, em qualquer situação, não importa quem vença as eleições no ano que vem, a bolsa tende a sofrer uma volatilidade muito grande.
Atualmente, estou fazendo investimentos no exterior para não deixar de aportar. Acredito que o ano que vem tende a ser um ano muito volátil, o mercado pode ficar muito especulativo, assim, se a bolsa cair muito, pelo menos com o caixa que eu tenho vou conseguir aproveitar grandes oportunidades.
E-Investidor – Você já investe há 3 anos, o que essa experiência trouxe para a sua vida?
Os investimentos são mais para não deixar você jogar dinheiro fora do que realmente para fazer dinheiro. Atualmente 60% da população (do Brasil) é endividada, então quem investe está deixando de rasgar o dinheiro. Acho que para todo brasileiro, a primeira coisa que tem que fazer quando recebe um salário ou tira um pró-labore, é tirar o dinheiro direto da sua mão, para não gastar, e colocar em algum tipo de investimento. E a maior parte das pessoas faz o quê? Recebe o dinheiro, gasta, paga contas, depois gasta com outras coisas e apenas se sobrar, investe. Enquanto deveria ser o contrário: ganhar, investir e depois pagar suas contas.
No fim, o que investir mais agregou na minha vida foi justamente ter uma conscientização de saúde financeira, porque é uma coisa extremamente importante. Eu sei que ainda sou muito jovem, então não é uma coisa que impacta tanto assim, porque eu ainda sou bancado pelos meus pais, moro com eles, só que de qualquer forma é bom eu já ir tendo essa noção, até para quando eu sair de casa.
Óbvio que investindo em tão pouco tempo assim — apenas três anos — não consigo transformar meu patrimônio tanto, até porque os retornos da Bolsa não são astronômicos, são retornos bons, só que acabam sendo no máximo de 20% ao ano quando você tem uma rentabilidade muito boa. Minha rentabilidade neste período tem sido boa, mas não é algo que falo “caramba, nossa, que resultado incrível”, mas sei que isso realmente vai fazer bastante diferença daqui a alguns anos.