O dólar abandonou a queda observada durante boa parte das negociações desta manhã e passava a subir ante o real nesta terça-feira (16, movimento amplamente em linha com a força da divisa norte-americana no exterior, na esteira de dados nos EUA mais fortes do que o esperado.
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Às 11h49 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,62%, a 5,4910 reais na venda, rondando as máximas do pregão, enquanto o dólar futuro de primeiro vencimento tinha alta de 0,48%, a 5,5040 reais.
Segundo Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, esse movimento reflete a ampla força da divisa norte-americana nos mercados internacionais. O índice do dólar contra uma cesta de seis rivais fortes, por exemplo, subia 0,20% por volta de 11h45, deixando para trás a estabilidade vista mais cedo nesta sessão.
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“O principal catalisador disso foi a divulgação de dados do varejo dos EUA, novamente acima do esperado”, afirmou Bergallo.
Dados do Departamento do Comércio dos EUA divulgados mais cedo mostraram que as vendas no varejo norte-americano subiram 1,7% em outubro. Economistas consultados pela Reuters esperavam aumento de 1,4%.
Além disso, uma leitura separada do Departamento do Trabalho mostrou que os preços de importados na maior economia do mundo saltaram no mês passado, reforçando sinais de persistência da inflação.
Ambos os indicadores podem elevar a pressão sobre o Federal Reserve (banco central dos EUA) para que aperte a política monetária mais cedo do que o esperado de forma a conter a inflação. A maior economia do mundo têm sofrido com preços mais altos em meio à retomada da economia depois das restrições causadas pela covid-19, afetada ainda pela escassez de insumos e mão de obra.
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Nesta terça-feira, um presidente regional do Fed disse que o banco central deve “seguir uma direção mais ‘hawkish'” (inclinada a condições monetárias menos expansionistas) nas próximas reuniões para se preparar caso a inflação não comece a desacelerar.
Juros mais altos nos EUA tendem a beneficiar o dólar globalmente.
Mais cedo, o dólar chegou a cair 0,49% na mínima do dia, tocando 5,4301 reais na venda. Alguns investidores atribuíram essa desvalorização a sinais de alívio nas tensões entre Estados Unidos e China.