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Dólar avança ante euro e libra, com teto da dívida dos EUA no radar

Dado fraco do Reino Unido pressionou a moeda britânica

Dólar avança ante euro e libra, com teto da dívida dos EUA no radar
Moedas Globais. Foto: Envato Elements

O dólar se valorizou frente ao euro e à libra, com investidores ainda bastante atentos às negociações para elevar o teto da dívida do governo federal dos Estados Unidos. Além disso, um dado fraco do Reino Unido pressionou a moeda britânica e outros indicadores também foram monitorados, ao lado de declarações de dirigentes de bancos centrais.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 138,58 ienes, o euro caía a US$ 1,0770 e a libra tinha baixa a US$ 1,2413. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou ganho de 0,28%, a 103,488 pontos.

O dólar chegou a cair mais cedo frente ao iene. A Bannockburn comentou, em relatório a clientes, que a moeda japonesa ganhava algum fôlego após ter tocado mínimas neste ano frente ao dólar, mas à tarde ela oscilava perto da estabilidade. Neste ano, o dólar avança mais de 5% diante do iene, com a política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) pressionando a divisa local. O Julius Baer avalia que o BoJ mudará sua política, o que valorizará o iene, e projeta que o dólar estará em 125 ienes em três meses.

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Nos EUA, continuava o foco nas negociações do teto da dívida. A Casa Branca e a oposição republicana não descartavam um acordo em breve, mas ainda sem reviravoltas no impasse sobre o tema. O presidente da distrital de Minneapolis do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Neel Kashkari, advertiu para a erosão na confiança dos EUA, caso um calote ocorresse.

Já na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto caiu a 53,5 em maio, segundo a S&P Global, abaixo da previsão de 54,0 dos analistas ouvidos pela FactSet. Na Alemanha, o PMI composto subiu a 54,3 em maio, puxado pelo setor de serviços, o que chegou a dar apoio ao euro. Para a Capital Economics, o dado da zona do euro é ainda consistente com mais aperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE). A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que os juros serão mantidos em níveis restritivos “pelo tempo que for necessário”. Membro do conselho, Joachim Nagel considerou que várias altas de juros ainda serão necessárias, para levar a inflação à meta.

No Reino Unido, o PMI composto caiu de 54,9 em abril a 53,9 em maio, ante previsão de 55,3 dos analistas. A libra reagiu ao dado com mínimas no dia. O Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda atualizou projeções sobre o país, e espera agora crescimento de 0,4% do Reino Unido em 2023, evitando uma recessão.

O ING comentava em comunicado que a volatilidade menor favorece o carry trade. O banco aponta que moedas na América Latina e no centro da Europa e no Leste Europeu ofereceu retornos ajustados mais elevados, no contexto atual.

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