O dólar aprofundou as perdas contra a moeda brasileira nesta segunda-feira (25), chegando a ir abaixo dos 5,55 reais na mínima do dia, com acenos recentes do governo ao mercado financeiro e a reunião de política monetária do Banco Central desta semana dominando a atenção de investidores.
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Às 15h53 (de Brasília), o dólar spot caía 1,35%, a 5,5486 reais na venda. Na B3, o dólar futuro tinha desvalorização de 1,76%, a 5,5535 reais.
A moeda norte-americana à vista já vinha de movimento de queda observado durante boa parte das negociações da manhã, mas começou a acelerar as perdas a partir das 13h30 e, por volta das 15h50, foi à mínima do dia, de 5,5426 reais, queda de 1,45%.
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Depois que a ameaça concreta de desrespeito ao teto de gastos por parte do governo golpeou os ativos brasileiros na semana passada, investidores estavam de olho em acenos recentes do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, aos mercados financeiros.
Mesmo assim, a percepção de alguns operadores é de que suas sinalizações não chegam nem perto de reverter o intenso baque que a credibilidade fiscal do país sofreu com os planos do governo de pagar o Auxílio Brasil com gastos fora de seu limite fiscal.
Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital, disse que a queda do dólar nesta segunda-feira não reflete qualquer melhora no cenário fiscal e é apenas ajuste “natural” depois da forte valorização acumulada pela moeda na semana passada — de 3,115%.
Também chamava a atenção dos mercados a reunião de política monetária do Banco Central, que começa na terça-feira e termina na quarta, uma vez que várias instituições financeiras importantes têm elevado suas projeções para o ritmo de aperto a ser anunciado pela autarquia, prevendo elevação de 125 a 150 pontos-base da taxa Selic.
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