O dólar recuou ante outras em geral, após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos reforçar apostas no mercado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não deve subir juros, ao menos na decisão desta quarta-feira.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 140,23 ienes, o euro avançava a US$ 1,0795 e a libra tinha alta a US$ 1,2611. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,30%, a 103,338 pontos.
O CPI dos EUA subiu 0,1% em maio ante abril, com alta anual de 4,0%. O núcleo do índice, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, avançou 0,4% no mês e 5,3% na comparação anual. Os números vieram em linha com o previsto, mas com a leitura anual do índice cheio um pouco abaixo do avanço de 4,1% projetado.
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A reação no mercado de câmbio foi de pressão sobre o dólar. No monitoramento do CME Group, cresceu a chance de manutenção de juros pelo Fed nesta quarta-feira. O CIBC, por exemplo, disse que os números eram consistentes com manutenção dos juros agora, e para a High Frequency Economics (HFE) o BC americano poderia manter a política monetária até o fim do ano. Já a Capital Economics acredita que o núcleo ainda mostra força, o que deve fazer o Fed sinalizar alta de juros em julho. Na contramão da maioria, o Citi reafirmou expectativa de alta de 25 pontos-base agora.
A Oanda comentou que o dólar ficou pressionado ante os cortes nas apostas de aperto do Fed, com os números do dia sugerindo que a inflação continua a caminhar para a meta de 2% do BC americano.
Entre outras moedas em foco, a libra esteve apoiada, após a queda na taxa de desemprego no Reino Unido, com salários em nível forte, reforçar expectativas de mais aperto monetário pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). O presidente do BoE, Andrew Bailey, comentou que a inflação deve cair, mas admitiu que esse processo tem demorado mais que o previsto, enquanto a dirigente Swati Dhingra reafirmou compromisso em levar a inflação de volta à meta de 2%.