O dólar operou em baixa nesta segunda-feira (13) ante a maioria das moedas rivais em um cenário de intensa expectativa com a publicação dos índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, na zona do euro e no Reino Unido. As divulgações ao longo desta semana deverão sinalizar os próximos passos do bancos centrais destas economias em seu aperto monetário.
Na contramão, o iene teve uma pequena desvalorização ante o dólar, em um cenário no qual a moeda japonesa segue desvalorizada, e renovou sua mínima desde outubro de 2022. Entre emergentes, a maioria dos ativos se desvalorizou ante o dólar, com exceção notável do peso chileno, que vem se enfraquecendo desde a última semana.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu 0,22%, aos 105,631 pontos. Ao fim da tarde, o dólar subia a 151,62 ienes, o euro avançava a US$ 1,0704 e a libra tinha alta a US$ 1,2281.
O analista da Oanda, Craig Erlam, afirma que os dados de inflação serão cruciais para definir os próximos passos dos bancos centrais, especialmente por quanto tempo a política de juros restritivos será mantida. O CPI americano deve avançar 0,1% em outubro ante o mês anterior, o que representaria uma desaceleração, após o ganho mensal de 0,4% visto em setembro, segundo o Projeções Broadcast.
Interferência no mercado
No Japão, seguem especulações de que o governo japonês poderia ter efetuado uma intervenção no câmbio para estancar a queda da divisa local. O governo do Japão alertou repetidas vezes que está disposto a interferir no mercado caso necessário, mas até agora não confirmou nenhum tipo de ação no momento.
Já a desvalorização do peso chileno a partir da última semana seguiu, desde quando o ativo caiu cerca de 4,5% ante o dólar. Por trás do processo estão as perspectivas para o aperto monetário do banco central local. Na semana passada, o CPI do Chile caiu para 5,0%, no menor nível desde agosto de 2021. Ao fim da tarde, o dólar avançava a 923,66 pesos, ante 913 da sessão anterior.