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Estas 5 ações podem subir mais de 30%. Vale a pena investir nelas?

Levantamento mapeou os papéis com maior potencial de valorização e boa saúde financeira

Estas 5 ações podem subir mais de 30%. Vale a pena investir nelas?
Levantamento tenta mapear potencial de alta das ações. (Foto: Freepik)
  • Nem sempre é fácil encontrar “pechinchas” na Bolsa de Valores, mas alguns indicadores podem ajudar
  • Um levantamento feito pelo InvestingPro, ferramenta de análise fundamentalistas do br.investing.com, levantou 5 empresas com alto potencial de crescimento nos próximos 12 meses em relação à cotação atual
  • Especialistas explicam como avaliar o investimento nessas ações

Quando o assunto é investimento em ações, uma das estratégias mais comuns entre investidores é buscar por empresas que estejam descontadas e lucrar com a valorização dos papéis na carteira no médio e longo prazos. Nem sempre é fácil encontrar “pechinchas” na Bolsa de Valores, mas alguns indicadores podem ajudar.

Um levantamento feito pelo InvestingPro, ferramenta de análise fundamentalista, levantou 5 empresas com alto potencial de crescimento nos próximos 12 meses em relação à cotação atual.

Os ativos foram levantados utilizando um filtro na ferramenta para apontar empresas da B3 que teriam alto potencial de crescimento em relação ao preço-justo. Na prática, são aquelas ações cujo valuation atual estaria descontado.

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“Todas estão entre as melhores saúdes financeiras da Bolsa, com classificação acima de 2,75 na métrica exclusiva da assinatura, para garantir que são empresas boas, que não devem ter problemas financeiros a curto e médio prazos”, diz o time de análise fundamentalista da plataforma.

 

Boa saúde financeira

Os papéis apontados pelo levantamento indicam, segundo a InvestingPro, apenas empresas com boa saúde financeira. Esta não é a única métrica que precisa ser avaliada antes de escolher por uma ação ou outra, mas pode ajudar o investidor a entender como determinada companhia está aplicando o seu capital, se há inadimplências ou como está a capacidade de geração de lucro, por exemplo.

"Entre outros indicadores, a saúde financeira da empresa é sim bem importante", destaca André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

O especialista chama atenção para um outro indicador que pode ajudar a escolher uma empresa com boa saúde financeira: a relação dívida líquida sobre ebitda. Na prática, isso mede o quão endividada está uma empresa em relação ao seu lucro operacional. Quanto menor for esse indicador, menor a alavancagem da empresa.

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"Em um cenário de juros altos, é importante que a empresa tente manter esse indicador em níveis baixos, visto que empresas mais alavancadas tendem a ter dificuldades de lidar com suas dívidas em um cenário de juros altos, pois acaba corroendo o seu resultado na linha de despesas financeiras", explica Fernandes.

Vale investir nesses nomes?

Dos 5 nomes levantados pelo InvestingPro, três são empresas pouco discutidas no noticiário de mercado. Bemobi, Unifique e Romi não integram a carteira teórica do Ibovespa, por exemplo, e são consideradas empresas de menor capilaridade, as small caps.

E é por esse motivo que podem oferecer a investidores maior potencial de valorização, explica Hulisses Dias, analista CNPI e mestre em finanças. "Os três ativos mencionados apresentam histórico de lucratividade, baixa capitalização e baixos múltiplos de preço/lucro. São as exposições a estes riscos que fazem essas ações terem um retorno esperado maior", pontua.

Até o fechamento desta terça-feira (7), a BMOB3 caía 11,67% em 2023, cotada a R$ 12,41. Já a FIQE3 e a ROMI3 valiam R$ 3,49 e R$ 12,42 respectivamente, com quedas acumuladas de 7,18% e 6,55% no ano.

Os outros dois papéis apontados no levantamento com potenciais de valorização já são mais conhecidos dos investidores. Gerdau e Vale são duas empresas grandes, com ações que comumente são indicadas por analistas.

A própria VALE3 foi campeã de recomendação entre as carteiras recomendadas para novembro reunidas pelo E-Investidor; veja aqui a seleção completa. As ações da mineradora e das empresas ligadas ao minério de ferro vem sendo penalizadas em 2023 desde que os estímulos para reativar a economia na China não trouxeram o resultado esperado pelo mercado. No acumulado do ano, a VALE3 cai 17,37%, a R$ 70,08, enquanto os papéis da Gerdau, GGBR4, cai 14,96% a R$ 22,80.

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"O mercado esperava um desempenho melhor ao longo de 2023, uma reação maior à reabertura da China, algo que não aconteceu", explica Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos. Como mostramos aqui, há no mercado quem diga que as ações ligadas ao minério, especialmente a VALE3, ficaram baratas, por isso a aposta no potencial de valorização.

"Ainda assim, são empresas com um equilíbrio de balanço interessante, que podem ter resultados melhores em 2024. Só não acho que isso seja tão óbvio assim", diz Cruz.

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