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Dólar hoje: moeda oscila e volta a operar acima de R$ 5,50 em dia de payroll nos EUA

Nos últimos dois dias, os juros futuros e o dólar caíram em meio à queda externa da moeda americana e dos rendimentos dos Treasuries

Dólar hoje: moeda oscila e volta a operar acima de R$ 5,50 em dia de payroll nos EUA
Foto: Adobe Stock

O mercado de câmbio se ajusta em alta diante da queda de commodities, como petróleo e minério de ferro (-2,03% na China), após abrir em baixa. Os investidores analisam o relatório de empregos dos EUA, (payroll) que saiu às 9h30 e que deve guiar as apostas para a política monetária no país.

A mediana do mercado indica a criação de 200 mil postos de trabalho nos Estados Unidos em junho, após as 272 mil vagas geradas em maio, segundo pesquisa do Projeções Broadcast. Uma eventual leitura mais forte dos dados pode mudar o rumo dos mercados, e dar impulso aos ativos financeiros em Nova York.

Também as atenções ficarão concentradas em discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em dois eventos na Grande São Paulo, em Osasco e em Diadema. Uma revalorização do real abaixo do fechamento de ontem de R$ 5,48 está totalmente dependente hoje do resultado do payroll e do ritmo de alta de salário dos EUA, que pode ou não consolidar a primeira queda dos juros de 25 pontos-base em setembro, avalia o economista-chefe da J.F. Trust, Eduardo Velho. O humor local deve depender também do tom das falas de Lula nesta sexta-feira (3), afirma.

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Nos últimos dois dias, os juros futuros e o dólar caíram em meio à queda externa da divisa americana e dos rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa), mas principalmente pela ausência de críticas de Lula ao Banco Central (BC) e pelo anúncio do corte de quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias em 2025.

Ainda assim, o mercado de juros mantém apostas minoritárias em elevação em 25 pontos-base da Selic na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do fim do mês. Os analistas justificam que as chances de alta da Selic neste ano persistem, porque o mercado desconfia da potência das medidas de ajuste fiscal.

Com o recuo das commodities e sinais mistos entre os futuros das bolsas em Nova York, o Ibovespa futuro tem viés de baixa e os American Depositary Receipt (ADRs) da Petrobras e da Vale também exibem queda de 0,41% e 0,43% no pré-mercado de Nova York.

ÀS 9h23, o dólar à vista subia 0,12%, a R$ 5,4932. O dólar para agosto ganhava 0,14%, a R$ 5,5060.

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