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Dólar hoje sobe em repercussão a atentado contra Trump no fim de semana

Confira os impactos na relação do real com a moeda americana após a tentativa de assassinato contra o candidato republicano

Dólar hoje sobe em repercussão a atentado contra Trump no fim de semana
Foto: Envato Elements
  • Trata-se do primeiro dia útil após o atentado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
  • Investidores também acompanham outros assuntos importantes para o mercado, como o desenvolvimento da política monetária do Fed
  • Para analistas, o incidente aumenta as chances de Trump retornar à Casa Branca

O dólar hoje abriu cotado a R$ 5,4553, alta de 0,45% ante o fechamento do último pregão da semana passada. Nesta segunda-feira (15), primeiro dia útil após um atentado contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante um comício na Pensilvânia, investidores acreditam que o dólar deve se valorizar em relação a outras moedas globais ao longo do dia. às 10h30, a moeda norte-americana já estava cotada a R$ 5,4661, o que representa um avanço de 0,77%.

Na sexta-feira (12), o câmbio fechou cotado a R$ 5,431, uma desvalorização em relação ao real de 0,22%, quando comparado com o dia anterior. No domingo (14) à noite, o índice DXY (US Dollar Index), que avalia a moeda americana em comparação com seis principais moedas rivais, já demonstrava impactos do atentado contra Trump e avançava 0,16%, atingindo 104,257 pontos. O euro caiu para US$ 1,0888, a libra esterlina recuou para US$ 1,2966 e o dólar subiu para 158,118 ienes. Entre as moedas emergentes, o dólar registrou alta de 17,7052 pesos mexicanos.

Investidores também acompanham outros assuntos importantes para o mercado, como o desenvolvimento da política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. Nesta segunda-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, participará de um evento e pode fornecer mais informações sobre os juros americanos.

Um dos poucos ativos de risco que operam continuamente, as principais criptomoedas do mundo subiram após os primeiros relatos de tiros no comício de Trump na Pensilvânia. Neste domingo, o bitcoin voltou a ultrapassar a marca de US$ 60 mil, registrando uma alta de quase 3%. Os índices futuros relacionados aos três principais indicadores de ações das bolsas de Nova York iniciaram a semana com ganhos marginais.

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Para analistas, o incidente aumenta as chances de Trump retornar à Casa Branca, o que potencialmente reduz a incerteza sobre o processo eleitoral. No entanto, a avaliação é de que os impactos ainda são incertos e requerem uma análise cuidadosa. Pouco depois das 19h (horário de Brasília), o futuro do Dow Jones subia 0,15%, o do S&P 500 aumentava 0,06% e o do Nasdaq avançava 0,02%.

Economistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast acreditam que o evento deve acelerar o processo de precificação de uma vitória republicana no mercado, impactando o dólar e os juros.

Na última semana, o dólar registrou uma queda de 0,36%. No acumulado do mês, houve um recuo de 2,62%. No entanto, no ano, os números indicam um crescimento de 12,15%. Esses dados refletem a volatilidade e os movimentos recentes nos mercados financeiros.

Dólar no Brasil: Haddad afirma que Lula cortará gastos

No cenário doméstico, Haddad defendeu na sexta (12) que a expansão fiscal neste momento não é positiva para o País e afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cortará gastos primários para ajustar as contas públicas se necessário. Em sabatina no Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo, o ministro disse que Lula “já anunciou” que, se preciso, promoverá cortes de gastos.

Segundo ele, o equilíbrio das contas públicas possibilitará a queda dos juros e o crescimento da economia. “Nós estamos desde 2015, ou 2014, produzindo déficit, e pesado”, disse Haddad em sua fala. “A minha pergunta é: melhorou a vida de alguém?”. Ele defendeu a continuação do “trabalho de formiguinha com resultados notáveis” que a equipe econômica tem feito em prol do ajuste fiscal, chamando o objetivo de equilíbrio das contas de “obsessão”.

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Também reafirmou sua posição favorável à revisão de cumprimento de critérios para recebimento de benefícios sociais e de cadastros nos programas como um “imperativo de moralidade pública”, lamentando que “virou pecado fazer revisão daquilo que é correto”.

Os comentários de Haddad reforçam o discurso mais moderado adotado pelo governo desde a quarta-feira (3) da semana passada, quando Lula passou a evitar críticas diretas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e ao atual nível da taxa básica de juros Selic, voltando a demonstrar a intenção de promover o ajuste fiscal, ainda que isso passe pelo corte de gastos. Desde então os ativos brasileiros têm reagido positivamente, embora no mercado haja uma expectativa pelo anúncio de medidas concretas para conduzir as contas públicas para a meta de resultado primário zero neste ano.

No dia 22 de julho, o governo apresentará relatório com diagnóstico e possíveis cortes para cumprimento da meta fiscal. Haddad também negou durante a sabatina ter convencido Lula a baixar a tensão com o Banco Central, mas afirmou que conversou com o presidente sobre rumores em relação ao arcabouço fiscal.

No auge dos ruídos, antes da moderação do tom de Lula, circularam no mercado rumores de que o governo deixaria de lado o cumprimento do arcabouço fiscal, o que foi posteriormente negado pelo governo. “A discussão com o presidente Lula foi que havia começado um rumor no mercado sobre a questão do arcabouço fiscal”, explicou o ministro. “Era só isso que estava sendo discutido”.

Por outro lado, Haddad disse que Lula teve “certa razão” de ficar insatisfeito com as atitudes do BC e afirmou que o presidente não foi o único. Sem entrar em detalhes, porém, Haddad disse que a questão foi superada e elogiou a atual diretoria da autarquia. Em sua última reunião de política monetária, em junho, o BC decidiu interromper o ciclo de cortes de juros e manteve a Selic em 10,50% ao ano, o que na ocasião foi bastante criticado por Lula.

O que afeta o dólar hoje? Entenda em sete pontos

  • Dólar hoje abriu cotado a R$ 5,4553, alta de 0,45%, no primeiro dia útil após o atentado ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
  • Na sexta, fechou a R$ 5,431.
  • O dólar para agosto abriu em alta de 0,41%, a R$ 5,4660

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