O dólar pode oscilar entre margens estreitas na abertura e durante o pregão, diante da falta de direção única e pouco fôlego da divisa americana na manhã desta terça-feira (18) no exterior.
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Desde cedo, o índice DXY do dólar ante seis pares rivais segue em baixa com a percepção de que, com a desaceleração do crescimento econômico e da inflação mundial, o ciclo de aperto de juros nas economias desenvolvidas estaria perto do final. Porém, a divisa americana sobe levemente em relação a varias moedas emergentes ligadas a commodities e pode influenciar a abertura local.
A agenda interna continua fraca hoje e os negócios cambiais devem refletir a reação externa dos investidores aos dados americanos de vendas no varejo (9h30) e produção industrial (10h15) em junho nos EUA.
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Esses indicadores podem ajudar a definir a trajetória dos juros básicos americanos. Na próxima semana, o Fed (banco central dos EUA) anuncia decisão de juros na quarta-feira, 26, e até lá os dirigentes do Fed não podem se pronunciar sobre política monetária.
Já na Europa, o dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Klaas Knot disse que altas de juros pelo BCE além de julho são “uma possibilidade”. Em entrevista à Bloomberg TV, Knot, que também é presidente do BC holandês, ponderou que ainda há muitos dados relevantes a serem divulgados entre agora e setembro.
Segundo Knot, elevar juros mais uma vez na reunião de julho do BCE é “uma necessidade”. Para depois de julho, no entanto, ele disse que novas altas das taxas seriam “no máximo, uma possibilidade, mas, de forma alguma, uma certeza”.
Mais cedo, na agenda interna, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, apontou queda de 0,01% na segunda quadrissemana de julho, quase não se alterando em relação ao declínio de 0,02% registrado na primeira quadrissemana, segundo dados publicados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
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Ontem, o mercado doméstico de câmbio teve alívio ao longo da tarde, após superar os R$ 4,85 na máxima intradia pela manhã. O dólar à vista encerrou com ganho de 0,25%, aos R$ 4,8069, em meio a uma diminuição da queda dos preços das commodities à tarde e avanço do Ibovespa na esteira de Nova York em dia de liquidez minguada. Em julho, a moeda spot acumula ganho de 0,36% frente o real mas, desde janeiro, ainda carrega queda de 8,96%. O dólar futuro para agosto encerrou a segunda-feira a R$ 4,8195 (+0,30%).