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Dólar hoje fecha acima de R$ 5,50 após decepção com medidas da China

Anúncio prejudicou o desempenho do minério de ferro e, consequentemente, o movimento de moedas exportadoras

Dólar hoje fecha acima de R$ 5,50 após decepção com medidas da China
Dólar. Foto: Adobe Stock

O dólar hoje fechou em alta, em dia marcado pela queda do minério de ferro no exterior, após o anúncio de um pacote de medidas econômicas na China decepcionar o mercado. Nesta terça-feira (8), a moeda americana encerrou o pregão em valorização de 0,85% cotada a R$ 5,5328, após variar entre máxima a R$ 5,5363 e mínima a R$ 5,4973.

O índice DXY, que mede a divisa ante uma cesta de seis pares fortes, terminou a sessão em baixa de 0,04%, aos 102,491 pontos.

Na China, o chefe da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NDRC) do país, Zheng Shanjie, falou apenas na antecipação de 100 bilhões de yuans (US$ 14,1 bilhões) do orçamento para investimentos do ano que vem e outro montante equivalente para projetos de construção, segundo a imprensa local. A projeção dos analistas era pelo anúncio de iniciativas nas casas dos trilhões de yuans.

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Com o anúncio, o contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para janeiro de 2025, fechou em queda de 2,37%, cotado a 783,5 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 111,62. Já em Cingapura, o contrato mais negociado da commodity, com entrega prevista para novembro de 2024, caiu 5,06%, a US$ 105,15 por tonelada.

Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, explica que a queda das commodities afeta diretamente o desempenho da moeda americana. “Isso acaba piorando os termos de troca de países exportadores, impactando negativamente suas divisas, e com isso o dólar acaba se fortalecendo em relação aos países exportadores, o que justifica a alta do dólar na comparação com o real hoje”, afirma.

Sabatina de Gabriel Galípolo

No cenário doméstico, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o atual diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, para a presidência da instituição por 26 votos a zero. Essa é a primeira etapa do processo para chegar à presidência do BC. Seu nome ainda terá de receber o crivo do plenário da Casa.

No final de agosto, o economista foi indicado pelo governo federal para comandar o órgão a partir de 1° de janeiro 2025, no lugar de Roberto Campos Neto, atual presidente. Nesta reportagem, analistas do mercado avaliam as repostas de Galípolo em sua sabatina nesta terça-feira.

O dólar sobe 1,57% em outubro. No ano, a moeda acumula valorização de 14%.