O dólar hoje fechou em queda, com investidores repercutindo a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed). Nesta quarta-feira (21), a moeda americana terminou o dia em baixa de 0,02% cotada a R$ 5,4821, após oscilar entre máxima a R$ 5,5102 e mínima a R$ 5,4595. Com o desempenho, a divisa estendeu as perdas ante o real em agosto para 3,06%.
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O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em queda de 0,28% aos 101,154 pontos, chegando a operar no menor nível desde dezembro de 2023.
Investidores acompanharam a divulgação da ata do Fed, que revelou como a “vasta maioria” dos membros da autoridade monetária acredita ser apropriado cortar a taxa básica de juros na próxima reunião, em setembro, caso os dados econômicos continuem vindo dentro do esperado. Além disso, apesar da última decisão pela manutenção dos juros ter sido unânime, diversos participantes estariam confortáveis em já ter reduzido as taxas em 25 pontos-base na reunião realizada em 30 e 31 de julho.
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“A ata ratifica a visão do mercado de que o ciclo de cortes de juros de fato irá iniciar em setembro. Corrobora também com as análises de que o balanço de riscos está mais pesado no mercado de trabalho do que na inflação. O que permanece em aberto é o tamanho do corte das taxas”, afirma Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
Os dados da ata são apenas um prelúdio para o que ainda está por vir nesta semana. Na quinta-feira (22), terá início o Simpósio Econômico de Jackson Hole, em Wyoming, evento que reunirá representantes de bancos centrais de todo o mundo, incluindo a presença de Jerome Powell, presidente do Fed, na sexta-feira (23).
O discurso de Powell será examinado minuciosamente pelos participantes do mercado em busca de indícios sobre o número e a magnitude dos cortes esperados na taxa de juros, tanto neste ano quanto no próximo. Atualmente, a maioria das apostas aponta para uma redução de 25 pontos-base, com 61,5% de probabilidade, de acordo com a ferramenta FedWatch, da CME. Uma redução mais agressiva, de 50 pontos-base, representa, por ora, 38,5% das expectativas.
Ainda nesta quarta-feira, o mercado monitorou a revisão anual do principal relatório de empregos dos Estados Unidos, conhecido como payroll. A nova projeção apontou corte de 818 mil no cálculo de geração total de vagas nos doze meses até março de 2024, segundo documento preliminar divulgado pelo Departamento do Trabalho do país. Como a revisão mostrou que houve uma criação de empregos menor do que a estimada inicialmente, cresceram as expectativas por um corte de juros pelo Fed.
O futuro da política monetária americana mexe com o desempenho do dólar. Até agora, a moeda teve alta de 12,95% no ano.
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