O dólar passou a oscilar mais perto da estabilidade no mercado à vista após recuar mais cedo. A moeda americana se ajusta à valorização dos rendimentos dos Treasuries, depois de iniciar os negócios em baixa leve por conta do avanço de commodities, como petróleo e minério de ferro.
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Os investidores olham ainda para uma piora das contas públicas no País e avaliam os dados de vendas no varejo, que vieram mais fracas do que o esperado pelos analistas financeiros. O setor público consolidado teve déficit primário de R$ 249,124 bilhões em 2023 (2,29% do PIB), pior do que a mediana das estimativas (-R$ 245,250 bilhões). Em dezembro, o déficit foi de R$ 129,573 bilhões, também um déficit maior do que a mediana (-R$ 124,35 bilhões). As vendas do comércio varejista caíram 1,3% em dezembro ante novembro, na série com ajuste sazonal, pior do que o piso esperado pelo mercado (-0,6%).
Na comparação com dezembro de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas tiveram alta de 1,3% em dezembro, menor do que o piso do mercado (1,5%). As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 1,7% no ano, com base na comparação do mesmo período do ano anterior. No acumulado em 12 meses, houve uma alta de 1,7%, ante um avanço de 1,6% até novembro.
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Do lado corporativo, o presidente do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, disse hoje que o ano de 2023 foi desafiador. “Não era o resultado que a gente queria entregar”, afirmou em apresentação para jornalistas. Para 2024, o ano é considerado como sendo um período de transição, disse ao comentar as previsões do banco. “Não vamos virar a chave em um trimestre, é passo a passo”, afirmou o executivo, ressaltando que as projeções (guidances) divulgadas nesta quarta-feira (07) pelo banco para 2024 refletem este ano de transição.
Na Europa, a dirigente do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel, afirmou que continua preocupada com a última etapa no processo de desinflação da zona do euro, diante da desaceleração inflacionária. “Precisamos ser pacientes e cautelosos porque sabemos, de uma perspectiva histórica, que a inflação pode acelerar novamente”, alertou, em entrevista ao Financial Times, reproduzida no site do BCE.
Às 9h52, o dólar à vista tinha viés de alta de 0,02%, a R$ 4,9635. O dólar para março caía 0,04%, a R$ 4,9725. O juro da T-Note de 2 anos subia para 4,420%, ante 4,403% no fim da tarde da última terça-feira (06). O juro da T-Note de 10 anos avançava para 4,123%, ante 4,093%.
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