O dólar abriu em queda ante o real, mas passou a subir em linha com o exterior. Os ajustes iniciais ocorrem em meio a uma liquidez reduzida sem a referência dos mercados americanos, que estão fechados nesta segunda-feira (15) pelo feriado do Dia de Martin Luther King nos Estados Unidos. Há uma realização de lucros local após o dólar cair nas últimas três sessões no mercado à vista.
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Na última sexta-feira (12), a moeda americana cedeu aos R$ 4,8575, menor valor de fechamento do ano, na esteira da alta do petróleo e das apostas em início de corte de juros nos EUA em março, após o recuo da inflação ao produtor (PPI) americano em dezembro. Os investidores globais precificam nesta manhã a queda de commodities, como petróleo e minério de ferro, uma inesperada manutenção de juros pelo Banco do Povo na China e dados decepcionantes do PIB da Alemanha e produção industrial na zona do euro.
No mercado interno, estão sendo avaliadas as projeções do relatório Focus, enquanto os agentes financeiros aguardam o boletim Prisma Fiscal e reunião no fim da tarde (18h) entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre a medida provisória que reonera a folha de pagamentos. O Boletim Focus desta segunda traz a expectativa para a variação do IPCA de 2024, que caiu de 3,90% para 3,87%.
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Um mês antes, a mediana era de 3,93%. Para 2025, que também está no foco da política monetária, a projeção seguiu em 3,50%, pela 25ª semana seguida. As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. Em relação à MP da reoneração, há uma disposição do governo de negociar para que a MP não seja devolvida.
Existe até mesmo a possibilidade de a matéria ser retirada pelo governo, que voltaria a tratar do tema por meio de um projeto de lei. O ministro da Fazenda tenta evitar a devolução da MP e não é descartada a possibilidade de a matéria ser retirada pelo governo, que voltaria a tratar do tema por meio de um projeto de lei, segundo o Broadcast Político.
Às 9h45, o dólar à vista subia 0,24%, a R$ 4,8692. O dólar futuro para fevereiro ganhava 0,30%, a R$ 4,8795.