O dólar recua ante o real, após abertura com viés positivo no mercado de câmbio. Os investidores ajustam posições de olho na queda dos juros futuros e dos rendimentos dos Treasuries (são um dos títulos da renda fixa americana), antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, amanhã. O alívio vem após a ata do Fed reforçar que as autoridades monetárias julgam necessário manter juros restritivos por mais tempo, embora o mercado aposte em fim do aperto de juros e possível início de corte em maio de 2024.
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Há otimismo também com declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que há espaço para cortar a Selic (taxa básica de juros da economia) sem efeito no mercado de câmbio. O dirigente do BCB reforça sinais dados ontem à noite, em entrevista à TV Bloomberg, de que “cortes de juros de 50 pontos-base são o ritmo apropriado a seguir para os próximos dois encontros” do Comitê de Política Monetária (Copom), mas que não devem afetar o câmbio, dado que o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos continuará elevado.
Para ele, há dissonância grande entre o que mercado espera e o que governo promete na área fiscal. No radar ainda há a expectativa pelas votações dos projetos de lei dos fundos de alta renda e offshore e das apostas esportivas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que foram adiadas de ontem para hoje.
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Há pouco, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego caiu de forma significativa em 3 das 27 unidades federativas entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023. Na área corporativa, o banco Safra eleva a recomendação das ações do Bradesco para outperform (compra) e rebaixa as do Banco do Brasil (BB) para neutro na Europa, o enfraquecimento da economia da zona do euro amplia riscos para a estabilidade financeira do bloco, aumentando os efeitos do aperto monetário, avalia o Banco Central Europeu (BCE), em relatório divulgado hoje.
Segundo o documento, as perspectivas para estabilidade financeira na zona do euro “permanecem fracas”, conforme a transmissão da política monetária se propaga pela economia real e tensões geopolíticas geram temores de novos choques. “As fracas perspectivas econômicas, juntamente com as consequências da alta inflação, estão prejudicando a capacidade das pessoas, empresas e governos de pagar suas dívidas”, enfatizou o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos. Às 9h50, o dólar à vista caía 0,10%, a R$ 4,8933. O dólar para dezembro recuava 0,11%, a R$ 4,8965.