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Dólar hoje: moeda derrete e cai para R$ 5,37 após IPCA de junho abaixo do esperado

Puxada pela desaceleração maior que a esperada, moeda americana tem registrado sucessivas quedas

Dólar hoje: moeda derrete e cai para R$ 5,37 após IPCA de junho abaixo do esperado
Dólar caiu 4,5% na semana após as eleições. (Foto: Envato)
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  • Inflação ficou abaixo das expectativas, que projetavam 0,32% para junho. Em 12 meses, o IPCA acumulou 4,23%, acima dos 3,93% até maio
  • Na terça-feira (9), a moeda americana fechou o pregão custando R$ 5,3928
  • No exterior, declarações de Powell aumentam as expectativas de mudanças na política monetária do Fed, o banco central americano

O dólar hoje voltou a surpreender e abriu o pregão abaixo de R$ 5,40. Às 10h30 desta quarta-feira (10), a moeda americana já era negociada a R$ 5,37, o que representa 0,71% a menos do valor da véspera. Desde a semana passada, o dólar vem chamando atenção por sucessivas quedas. Na terça-feira (9), a moeda americana fechou o pregão custando R$ 5,3928.

O que impacta o dólar hoje, no cenário doméstico, é a divulgação dos dados da inflação oficial do Brasil. Conforme Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação no País desacelerou para 0,21% em junho, após registrar 0,46% em maio, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10).

O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, que projetava uma taxa de 0,32% para junho, de acordo com uma pesquisa da agência Reuters. Em um período de 12 meses, o IPCA acelerou, acumulando uma inflação de 4,23%, de acordo com o IBGE. Até maio, o aumento dos preços estava em 3,93%.

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No cenário externo, o que puxa a queda da moeda americana desde ontem é o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell. O dirigente mencionou ao Congresso que, embora a inflação nos Estados Unidos ainda esteja acima da meta de 2%, houve uma melhora nos últimos meses. Ele indicou que novos dados positivos podem justificar cortes nas taxas de juros.

A redução da inflação em direção à meta, segundo ele, é fundamental para flexibilizar a política monetária. Powell destacou a falta de progresso no início do ano comparada à recente melhora, o que fortalece a confiança na diminuição contínua das pressões inflacionárias. Ele também expressou preocupação com os riscos para o mercado de trabalho e a economia se as taxas permanecerem altas por muito tempo.

O presidente do Fed observou ainda que o mercado de trabalho está “totalmente de volta ao equilíbrio” e que, com o avanço no controle da inflação, cortes nas taxas de juros se tornarão necessários. Na sexta-feira anterior, dados de emprego nos EUA mostraram um mercado de trabalho em equilíbrio. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) será divulgado nesta quinta-feira, seguido pelo índice de preços ao produtor na sexta-feira.

As declarações de Powell aumentam as expectativas de mudanças na política monetária do Fed após a reunião de 30 a 31 de julho, podendo levar a um corte nas taxas em setembro. A chance de um corte em setembro agora é estimada em cerca de 70% pelo mercado.

Até o momento, o dólar apresentou uma queda de 0,87% na semana, um recuo de 3,11% no mês e uma alta de 11,58% no ano.

O que afeta o dólar hoje? Entenda em seis pontos

  • O dólar abriu o pregão abaixo de R$ 5,40 e, às 10h desta quarta-feira (10), estava a R$ 5,37, uma queda de 0,71% em relação à véspera.
  • Desde a semana passada, o dólar vem caindo, fechando a R$ 5,3928 na terça-feira (9).
  • A queda no Brasil é influenciada pelos dados de inflação, que desacelerou para 0,21% em junho, comparado a 0,46% em maio, segundo o IPCA do IBGE.
  • A inflação ficou abaixo das expectativas, que projetavam 0,32% para junho. Em 12 meses, o IPCA acumulou 4,23%, acima dos 3,93% até maio.
  • No exterior, o discurso de Jerome Powell, do Federal Reserve, impactou a queda do dólar. Ele mencionou que, apesar da inflação nos EUA ainda estar acima da meta de 2%, houve melhora recente.
  • Powell indicou que novos dados positivos podem justificar cortes nas taxas de juros.

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