(Silvana Rocha, Estadão Conteúdo) – O dólar intercalou viés de baixa e de alta nos primeiros negócios, mas acelerou a queda frente o real há pouco, seguindo os ajustes de baixa no exterior, após os dados de inflação medida pelo PCE dos EUA em julho.
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A inflação medida pelo PCE nos Estados Unidos caiu 0,1% em julho ante junho e subiu 6,3% na comparação anual. O núcleo do PCE subiu 0,1% em julho/junho, abaixo da previsão dos analistas ( +0,2%). Os gastos com consumo avançaram 0,1% em julho ante junho, menos que o previsto (+0,5%), enquanto a renda pessoal subiu 0,2% em julho ante junho, menos que a previsão (+0,6%).
O dólar passou a cair mais ante divisas rivais após os dados. O índice DXY, que mede a variação do dólar em comparação com uma cesta de seis moedas fortes, recuava 0,31%, a 108,130 pontos, às 09h41 (de Brasília). A queda era puxada pelo euro, que subia a US$ 1,0019 neste mesmo horário.
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Os investidores ajustam posições em meio alta de commodities também, mas a perda do dólar é limitada por incertezas sobre o aperto de juros americano e um compasso de espera global dos mercados pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, às 11 horas no simpósio em Jackson Hole.
Uma sinalização mais dura de Powell tende a fortalecer o dólar, os juros futuros e pesar nas Bolsas. Pode também desestimular o fluxo de capitais para a Europa e países emergentes, segundo operadores do mercado. No CME Group, a aposta em um novo aumento de 75 pontos-base do juro americano seguia majoritária (62,5%) ontem.
O petróleo desacelerou a alta para cerca de 0,20% por volta das 9h45. Já o preço do minério de ferro negociado para janeiro em Dalian, na China, teve alta de 3,01%, informou um operador. Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro para o minério, o mais negociado, subiu 2,5%.
Os investidores estão analisando também os dados do setor externo no Brasil e o início da fala do presidente do Banco Central, Roberto campos Neto, em evento.
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Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou alta de 1,21% em julho. A taxa de junho foi revista de um avanço de 1,00% para uma elevação de 1,01%. Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 11,46% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 18,04%.
Às 9h45, o dólar à vista estava cotado a R$ 5,0986, em baixa de 0,26%. O dólar setembro estava a R$ 5,1040 (-0,27%).