O dólar hoje fechou o pregão sendo vendido a R$ 5,6553, um aumento de 1,32% em relação ao real. Na máxima do dia, o câmbio chegou a ser negociado a R$ 5,6714. Nesta terça-feira (10), os investidores acompanharam os dados de inflação no Brasil, o fortalecimento da moeda americana em economias emergentes, com os mercados adotando uma postura mais cautelosa, aguardando os próximos dados de inflação dos Estados Unidos, e após a divulgação de indicadores econômicos frágeis vindos da China.
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No cenário global, os investidores mostravam prudência antes da divulgação do índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, previsto para quarta-feira (11), o último dado relevante antes da próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), marcada para os dias 17 e 18 de setembro, que poderá influenciar a magnitude do corte de juros a ser implementado pelo banco central.
A expectativa predominante no mercado é de que o Fed vá reduzir suas taxas de juros, atualmente situadas entre 5,25% e 5,50%, durante o encontro de setembro, sobretudo após o presidente da instituição, Jerome Powell, afirmar no mês passado que “chegou o momento” de ajustar a política monetária para evitar um enfraquecimento adicional no mercado de trabalho.
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No entanto, operadores do dólar ainda debatem o tamanho do corte, considerando que o relatório de emprego mais recente do payroll, divulgado na sexta-feira, trouxe resultados contraditórios, o que não contribuiu para consolidar as apostas em torno de uma redução de 25 ou 50 pontos-base.
Mesmo desacelerado, IPCA está longe do objetivo de 3% almejado pelo Banco Central
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, registrou queda de 0,02% em agosto, segundo dados divulgados na manhã de hoje.
O grupo Alimentação e bebidas caiu 0,44%, puxando o índice geral para baixo em 0,09 ponto percentual (p.p.), enquanto o grupo Habitação recuou 0,51%, com uma contribuição negativa de 0,08 p.p. Juntos, esses dois grupos, que representam 36,53% do IPCA, foram determinantes para o resultado. O IPCA de agosto representa uma desaceleração em relação a julho, quando o índice subiu 0,38%. Em agosto de 2023, a alta foi de 0,23%.
Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 4,24%, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No acumulado de 2024, o índice registra alta de 2,85%. O resultado veio levemente melhor do que o esperado pelo mercado, que previa uma variação de 0% no mês e 4,26% em 12 meses. Mas, embora indique uma desaceleração em comparação com o mês anterior, o IPCA ainda revelou uma inflação longe do objetivo central de 3% almejado pelo Banco Central, o que tem gerado preocupação entre os membros da instituição.
Para o líder de de renda variável e sócio da A7 Capital, André Fernandes, com esses dados, o mercado deve seguir pressionando o Comitê de Política Monetária para aumentar os juros, mas, segundo ele, parte do mercado ainda acredita que uma manutenção seria o melhor movimento. “Com o IPCA melhor que o esperado e em deflação, e com o Fed e Europa cortando juros, o Banco Central deverá ponderar bem se vale a pena dar o aumento que o mercado está pedindo, ou se a manutenção, com o juros já em território restritivo, seria o melhor movimento”, diz.
Dólar exibe alta de 15,03% no ano
Na segunda-feira, a cotação do dólar à vista encerrou em leve queda de 0,14%, a 5,5817 reais. Até agora, a moeda americana exibiu queda de 0,15% na semana, baixa de 0,90% no mês e alta de 15,03% no ano.
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Para esta sessão do dólar, o Banco Central programou um leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional, com o objetivo de rolar o vencimento previsto para 1º de novembro de 2024.