O dólar, que ensaiava uma recuperação, voltou a perder força, na contramão do comportamento da moeda norte-americana em relação a outras divisas de países emergentes. Por volta das 14h30, o dólar comercial caía 0,67%, a R$ 4,7705, acumulando perdas de 0,40% no mês.
Se encerrar neste nível, o dólar terá o nível de fechamento mais baixo desde 26 de junho, quando terminou o pregão a R$ 4,7672. Vale ressaltar que, na mínima da sessão, o dólar bateu R$ 4,7615, o menor nível desde 3 de julho.
A fraqueza do dólar no mercado doméstico, que contraria o movimento da moeda no exterior, reflete o ingresso de capital estrangeiro no Brasil e a vendas de dólares por exportadores.
Os investidores também ajustam posições antes de uma semana cheia de indicadores e eventos relevantes – entre eles as decisões de política monetária do Federal Reserve (banco central dos EUA), na quarta-feira, e do Banco Central Europeu, na quinta-feira, dada a ausência de dados e notícias capazes de ditar uma nova tendência para o mercado.
Ao longo da última hora, os ministérios do Planejamento e da Fazenda anunciaram o bloqueio adicional de R$ 1,5 bilhão em despesas discricionárias no orçamento deste ano. Com isso, o contingenciamento de despesas em 2023 chegou a R$ 3,2 bilhões para o cumprimento do teto de gastos.
Além disso, o governo revisou a previsão de resultado primário de 2023 para um déficit de R$ 145,4 bilhões, o que representa um aumento de 1,3% para 1,4% em relação ao PIB.
Nos demais mercados, o Ibovespa subia 1,59%, aos 119.956 pontos, enquanto as taxas de juros seguiam em baixa – no contrato de DI para janeiro de 2024, a taxa caía de 12,755% para 12,700%, enquanto no contrato para janeiro de 2025 recuava para 10,730%, de 10,839%.