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Dólar avança frente moedas rivais e mostra pessimismo com juros dos EUA

Dados de inflação nos EUA podem ter "enterrado de vez" a possibilidade de um corte nas taxas já em março

Dólar avança frente moedas rivais e mostra pessimismo com juros dos EUA
Dólar é a principal moeda do comércio exterior. (Foto: Envato Elements)

O dólar avançou ante rivais nesta terça-feira (13) na esteira de números fortes da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A leitura surpreendeu o mercado e afastou expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 150,76 ienes. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de 0,76%, a 104,960 pontos.

Segundo dados do Departamento do Trabalho, o CPI dos EUA avançou 0,3% em janeiro ante o mês anterior e 3,1% na taxa anual, desacelerando em relação a dezembro. Contudo, os números surpreenderam o mercado e apontaram resiliência da inflação e do seu núcleo. Este cenário adiou de maio para junho a precificação para o início dos cortes de juros do Fed, conforme ferramenta de monitoramento do CME Group, o que fortaleceu o dólar ante outras divisas.

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Diretor de Estratégia de Mercados na Ebury, Matthew Ryan acredita que os dados “enterram de vez” a possibilidade de uma redução nas taxas em março e colocam “em sério risco” a chance dos dirigentes baixarem os juros em maio. “O dólar reagiu como seria de se esperar às notícias, com um rali generalizado. Em relação ao euro, a divisa americana caminha em direção à nossa meta de 1,07 no final do primeiro trimestre”, avalia Ryan.

No horário citado, o euro recuava a US$ 1,0712. A força da moeda americana apagou os ganhos obtidos pela libra, seguindo relatório de empregos do Reino Unido. A média de crescimento salarial avançou 6,2% no trimestre até dezembro, enquanto a taxa de desemprego caiu para 3,8%. Na visão da Capital Economics, os dados frustram expectativas e demonstram arrefecimento lento do mercado de trabalho, reduzindo argumentos para que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) apresse cortes de juros.

A Convera projeta que, neste cenário, os cortes de juros no Reino Unido só devem acontecer em junho, contudo, aponta que investidores devem esperar dados da inflação amanhã para alterar sua precificação. A Tickmill Group compartilha desta visão e, em nota, projeta que a libra continuará com suporte no curto prazo, caso os dados de inflação atendam ou superem o consenso. Na marcação, a libra caía a US$ 1,2589.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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