Mercados iniciam a semana em leve alta antes da decisão do Fed, enquanto o noticiário corporativo global registra fusões, aquisições e movimentos estratégicos de grandes empresas. (Foto: Adobe Stock)
Os índices de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira (8), em uma sessão marcada pelos ajustes finais antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), prevista para esta semana – veja aqui a agenda da semana.
Nesta segunda-feira (8), o Dow Jones cedeu 0,45%, enquanto S&P 500 e Nasdaq recuaram 0,35% e 0,14%, respectivamente.
O mercado financeiro reforça a expectativa de um corte de 25 pontos-base nos juros americanos, conforme a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group, atribuindo 87% de probabilidade de que isto ocorra na quarta-feira (10).
Analistas do Commerzbank afirmam que, “na dúvida, o Fed deve cortar as taxas de juros”, embora ressaltem que a decisão não está isenta de tensão. “Ao avaliar os riscos, o Fed provavelmente dará maior peso ao mercado de trabalho do que à inflação, já que muitos presumem que uma desaceleração no emprego ajudará a conter pressões inflacionárias.”
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Noticiário corporativo esquenta a segunda-feira (8)
Enquanto Wall Street acompanha o compasso do Fed, a agenda corporativa ganhou força com negócios bilionários e movimentações estratégicas em diversos setores:
IBM (IBMB34) está perto de fechar a compra da Confluent, empresa de infraestrutura de dados, em um acordo estimado em US$ 11 bilhões, que pode ser anunciado ainda hoje. O movimento reforça a corrida das big techs por ativos ligados ao processamento e análise de dados.
A gigante francesa L’Oréal dobrou sua participação na empresa suíça de skincareGalderma, adquirindo um pacote de cerca de 24 milhões de ações – valorado em aproximadamente US$ 4,85 bilhões, com base no fechamento de sexta-feira (5).
Na Europa, a alemã TKMS, fabricante de submarinos e navios militares, reportou aumento de vendas e lucros no ano fiscal de 2025, impulsionada pela expansão dos orçamentos de defesa no continente.
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Já a espanhola Repsol e a norueguesa HitecVision anunciaram a fusão de sua joint venture com a operação de upstream da TotalEnergies no Reino Unido. Pelo acordo, a TotalEnergies UK assume 47,5% de participação na Neo Next Energy.
Acordo Netflix-Warner gera ruído político
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se posicionar sobre o acordo de US$ 72 bilhões que prevê a aquisição da Warner Bros. pela Netflix. “Pode ser um problema”, afirmou, acrescentando que pretende “estar envolvido na decisão”.
Entre investidores, o negócio divide opiniões: assumir o maior estúdio de Hollywood transformaria o modelo de negócios da Netflix e exigiria assumir riscos e custos substanciais.
Setores de beleza, publicidade e consumo também movimentam o dia
A gigante Sephora, do grupo LVMH, segue no centro das discussões sobre o futuro do mercado global de beleza, estimado em US$ 450 bilhões. Executivos da marca reforçaram que a estratégia atual visa manter sua posição dominante em influência cultural e varejo premium.
Um relatório da WPP Media projeta que os gastos globais com publicidade devem crescer mais do que o esperado em 2025, alcançando US$ 1,14 trilhão, impulsionados pela redução do impacto tarifário e pela adoção acelerada de ferramentas de inteligência artificial.
A australiana National Storage, maior provedora de self-storage da Austrália e Nova Zelândia, fechou um acordo de venda para Brookfield e GIC, em transação de US$ 4,5 bilhões. O negócio foi firmado após quase duas semanas de due diligence exclusiva.
No varejo, pequenos comerciantes nos EUA relatam um início de temporada de compras de fim de ano surpreendentemente forte, com foco em produtos mais baratos, menos itens natalinos tradicionais e uma estratégia renovada para estimular o “espírito de alegria” dos consumidores.
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A marca de roupas outdoor Arc’teryx, famosa pelos casacos de US$ 1.000 que conquistaram consumidores na China, acelera sua expansão global – incluindo a adesão, curiosa e crescente, de profissionais do mercado financeiro norte-americano.
Meta avança em IA com nova aquisição
A Meta Platforms anunciou a compra da startupLimitless, fabricante de dispositivos vestíveis de inteligência artificial. Após o negócio, a empresa deixará de comercializar parte de seus produtos atuais. A aquisição reforça o apetite da Meta por tecnologias de IA embarcada em hardware, em linha com sua estratégia de diversificação para além das redes sociais.