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- Gilson Finkelsztain, CEO da B3 (B3SA3), comentou nesta segunda-feira (23) sobre a volta de empresas brasileiras listadas em Nova York para a B3
- Um dos casos é o da Vitru, que vai migrar da Nasdaq para a Bolsa brasileira
- Na visão do CEO da B3, o período recente desmistifica a ideia de que estar listada no exterior garante maior liquidez diária às companhias
Gilson Finkelsztain, CEO da B3 (B3SA3), comentou nesta segunda-feira (23) sobre a volta de empresas brasileiras listadas em Nova York para a Bolsa brasileira. O dirigente participou do debate “Reflexão sobre o cenário econômico brasileiro”, realizado no auditório do Estadão, com mediação da jornalista Adriana Fernandes.
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Na ocasião, Finkelsztain explicou que companhias buscaram a listagem fora do Brasil a partir de 2017 devido ao contexto político e econômico do País no período. Enquanto o mercado americano buscava empresas de crescimento e inovação, a agenda nacional era marcada por juros altos e incertezas, após o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Naquele momento, criou-se um certo mito de que o mercado de capitais no Brasil iria acabar. Algumas empresas optaram por estar lá fora, porque o momento aqui era ruim. Agora a gente vê algumas empresas começando a retornar, porque estar lá fora é mais caro”, disse.
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Na visão do CEO da B3, o período recente desmistifica a ideia de que estar listada no exterior garante maior liquidez diária às empresas. Os custos envolvidos são altos, incluindo os relativos a questões de compliance, ou seja, regras que devem ser seguidas para a companhia estar em conformidade com normas e regras dos Estados Unidos.
“Algumas empresas vão voltar para o Brasil porque os investidores são globais. Isso não quer dizer que nenhuma companhia vai listar fora. Para empresas que têm uma marca com presença global e vão fazer expansão, talvez seja mais apropriado listar fora. Mas as outras devem permanecer no Brasil”, afirmou.
Um dos casos é o da Vitru, que vai migrar da Nasdaq para a B3. A companhia estreou na bolsa americana em setembro de 2020. Agora a holding brasileira do grupo, Vitru Brasil, vai incorporar a Vitru Limited, que é dona de 100% da unidade no Brasil – um processo de incorporação reversa, com a controlada incorporando a controladora.
Durante o evento, Finkelsztain afirmou ainda que mais de 50 empresas estão se preparando nos últimos dois anos para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nos próximos trimestres. Veja em detalhes as expectativas do dirigente para o mercado de capitais brasileiro.
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