A Ativa Investimentos avalia que a proposta da Eneva (ENEV3) para uma fusão com a Vibra (VBBR3) pode chegar a um bom termo, mas discorda do valor atribuído pela proponente (Eneva) a ela própria e que seria 25% superior à realidade. Na proposta de combinação de negócios, a Eneva considera um valor igual para as duas companhias.
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“Entendemos que os negócios são complementares, que a margem Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de Eneva é estruturalmente maior e que seu custo de capital é mais competitivo. No entanto, a Vibra é menos alavancada e tem uma geração de caixa operacional estruturalmente superior à proponente”, explicou a Ativa em nota nesta segunda-feira.
A corretora disse não crer que as negociações levarão 15 dias, como previsto na proposta, “até em virtude de negociação envolvendo as térmicas de um grande banco de investimentos“, destacou. Na noite de ontem (26) a Eneva informou que submeteu uma proposta não-vinculante de combinação de negócios ao Conselho de Administração da Vibra Energia.
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Para a Ativa, a proposta parece em um primeiro momento mais favorável à Eneva, que encontra na Vibra “um parceiro perfeito no que tange à geração de caixa e a diminuição da sua alavancagem” Para a Vibra, afirma a Ativa, se unir à uma empresa com as perspectivas de crescimento da Eneva e cujos investimentos oferecem retornos sistematicamente superiores que os seus também seria favorável, mas possivelmente sem o prêmio à Eneva embutido na proposta inicial.
“Da maneira como foi criada, a proposta atual pressupõe um pedágio aos acionistas de Vibra para que estes se juntem à Eneva, o que acreditamos que pode ser contestado sobretudo se levarmos em consideração que a nova empresa pode, num primeiro momento, reduzir a expectativa de distribuição de proventos aos seus acionistas para adequar seu novo balanço às suas expectativas de crescimento”, explicou a corretora.
De acordo com a Ativa, os motivos que levaram à proposta da Eneva para a Vibra passam pelo tamanho e representatividade; Otimização de Alocação de Capital; Redução de Risco; Geração de Valor Comercial; Sinergias e ESG.