O Citi Research elevou o preço-alvo das ações da Engie Brasil (EGIE3) de R$ 38 para R$ 39, mas rebaixou a recomendação para os papéis, de neutro para venda. O novo preço-alvo equivale a um potencial de desvalorização de 12,5% em relação ao fechamento da última quarta-feira (6).
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O banco justifica que a atualização incorpora os resultados do trimestre mais recente, novas projeções de GSF (Generation Scaling Factor, ou risco hidrológico) e preço de energia para os próximos três anos. Em termos de preços de energia, o Citi ajustou sua curva para R$ 100 por megawatt-hora (MWh) em 2024, R$ 120/MWh em 2025 e R$ 150/MWh de 2026 em diante.
O valuation (valor da empresa) da Engie é caro, na visão dos analistas do Citi. “Dada a enorme concorrência nos brownfields (projetos já explorados) no segmento, bem como os baixos retornos dos greenfields (não explorados) em termos industriais, não gostaríamos de pagar um prêmio por futuras alocações de capital”, afirmam os analistas Antonio Junqueira e Guilherme Bosso, em relatório.
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As ações de serviços públicos são negociadas preferencialmente com base em taxa interna de retorno (TIR) implícitas reais, explica o Citi. Diante disso e com uma TIR real em torno de 5,5% a 6%, o banco reforça que a Engie é uma ação cara para obter exposição ao setor de geração no Brasil.
“Outras opções, especialmente Eletrobras (ELET3) e Copel (CPLE6), parecem mais baratas e são melhores opções de investimento, em nossa opinião”, dizem os profissionais.