EUA: sanção contra Tornado Cash mostra limites da regulação em cripto

Entre os maiores desafios estão o fato de que as plataformas são cada vez mais regidas por códigos de computador distribuídos em servidores pelo mundo, não por indivíduos que facilitam transações, dizem os analistas. Na segunda-feira, o Tesouro americano impôs sanção contra a Tornado Cash, popular plataforma conhecida como uma “misturadora” (“mixer”), pois ela mescla fundos de diferentes usuários e os redistribui, o que torna mais opaca sua origem. O Departamento do Tesouro acusou a Tornado de lavar bilhões de dólares em moeda virtual, inclusive US$ 455 milhões supostamente roubados por hackers da Coreia do Norte.

Analistas disseram que as sanções podem prejudicar o crescimento da Tornado Cash, ao desencorajar usuários e grandes plataformas de câmbio em criptomoedas a operar com uma plataforma sob esse tipo de punição. A Circle Internet Financial, emissora de uma stablecoin que segue o dólar, bloqueou a carteira da Tornado após o anúncio, na prática congelando esses fundos. Segundo a Circle, é provável que quase todos os fornecedores de serviços de ativos virtuais registrados adotem medidas para bloquear a carteira alvo de sanção.

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Logo após a sanção ser anunciada, porém, alguns usuários começaram a explorar lacunas no esforço do governo. Os fundos podem, por exemplo, ainda ser transferidos para fora de carteiras de criptomoedas na plataforma, e seu código de software, usado para iniciar transações, pode ser replicado e relançado. O código da Tornado Cash está concentrado em um indivíduo ou uma companhia, mas está no blockchain Ethereum, uma rede descentralizada e global de computadores, onde ela preenche operações de modo automático.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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