O euro se fortaleceu hoje, após o Banco Central Europeu (BCE) decidir elevar juros em 25 pontos-base e sinalizar que pretende apertar mais a política monetária adiante. Com isso, o dólar recuou ante uma cesta de moedas principais, em meio a dados mistos dos Estados Unidos.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 140,28 ienes, o euro avançava a US$ 1,0950 e a libra tinha alta a US$ 1,2783. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou baixa de 0,81%, a 102,115 pontos.
O BCE disse que a inflação na zona do euro tem desacelerado, mas seguirá “muito elevada por muito tempo”. Ele reviu para cima expectativas de inflação, sobretudo no núcleo do índice, e cortou a expectativa para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro. Além disso, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que, caso o quadro atual se confirme, haverá mais aumento nos juros em julho. A alta nos juros e a comunicação do BCE fez o euro inverter o sinal de mais cedo e passar a subir frente ao dólar.
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Além disso, indicadores dos EUA foram avaliados. As vendas no varejo cresceram 0,3% em maio ante abril, contrariando a previsão de queda de 0,2% dos analistas ouvidos pela FactSet. Já a produção industrial caiu 0,1% na mesma comparação, quando se esperava alta de 0,1%. Os pedidos de auxílio-desemprego ficaram estáveis na semana, em 262 mil, ante expectativa de 251 mil solicitações.
Entre outras moedas em foco, o dólar subia a 248,5368 pesos argentinos. O Banco Central da República Argentina (BCRA) anunciou manutenção da política monetária hoje, com taxa básica em 97%. A decisão ocorre um dia após o mais recente dado de inflação ao consumidor no país, com desaceleração em maio ante abril, mas ganho de fôlego na comparação anual, em alta de 114,2%.