Criptomoedas

Cúpula de gigante cripto é acusada de ganhar com informação privilegiada

Executivos teriam evitado a perda de US$ 1 bilhão de seus próprios bolsos ao vender ações antes de notícias negativas

Cúpula de gigante cripto é acusada de ganhar com informação privilegiada
Logotipo da Coinbase exibido na Times Square, em Nova York. Foto: REUTERS/Shannon Stapleton
  • Às 12h00 do horário de Brasília o BDR da Coinbase apresentava queda de 5,91%, cotados a R$ 10,19
  • O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, e outros executivos da exchange de criptomoedas foram acusados de insider trading
  • Os executivos driblaram mais de US$ 1 bilhão em perdas ao usar informações privilegiadas na venda de ações poucos dias após a abertura de capital da exchange dois anos atrás

O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, e outros executivos da exchange (corretora) de criptomoedas foram acusados de insider trading, crime caracterizado quando uma pessoa que tem informações privilegiadas sobre uma empresa usa esse conhecimento para obter vantagem no mercado de ações. Os executivos driblaram mais de US$ 1 bilhão em perdas na venda de suas próprias ações da Coinbase antes de notícias negativas fazerem o preço do papel desabar, diz processo movido por investidores nos EUA.

Dois anos atrás, na abertura de capital da exchange, a empresa optou por uma listagem direta – processo de negociação de ações na Bolsa de Valores diretamente ao público – em vez de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), no qual a exchange vendeu US$ 2,9 bilhões em ações antes que a própria administração revelasse informações negativas sobre a companhia.

De acordo com o processo, Armstrong vendeu US$ 291,8 milhões em ações como parte da listagem direta, enquanto a empresa de capital de risco Andreessen Horowitz (a16z), que recebe o nome de um dos conselheiros, vendeu US$ 118,6 milhões.

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“Em cinco semanas, essas ações perderam mais de US$ 1 bilhão em valor e a capitalização de mercado da Coinbase despencou mais de US$ 37 bilhões”, afirmou o investidor Adam Grabski no processo, que disse ter ações da Coinbase desde abril de 2021.

A Coinbase também está sendo acusada de coletar ilegalmente modelos faciais e impressões digitais de seus clientes em outro processo, violando a lei de privacidade biométrica do Estado de Illinois, nos Estados Unidos.

Às 12h00 do horário de Brasília, o Brazilian Depositary Receipt (BDR, título emitido no Brasil que representa a ação de companhia aberta sediada no exterior), da Coinbase apresentava queda de 5,91%, cotado a R$ 10,19.

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