Os resultados do IRB Re (IRBR3) devem melhorar a um ritmo mais lento que o esperado pelo mercado, na avaliação do BTG Pactual (BPAC11). O banco manteve a recomendação de venda para os papéis, com um preço-alvo de R$ 38,50, o que corresponde a leve alta de 1,8% contra o fechamento de segunda-feira (22).
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O analista Eduardo Rosman afirma que o lucro de R$ 24 milhões da resseguradora em novembro veio dos resultados operacionais, o que é positivo, mas que o encolhimento das receitas deve ter efeitos negativos a médio prazo.
“O IRB está encolhendo, o que é ruim para os resultados de subscrição (em especial para a diluição de custos) e reduz sua capacidade de gerar e reinvestir prêmios para obter resultados financeiros”, afirma ele, em relatório enviado a clientes.
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Ainda de acordo com ele, o balanço da companhia melhorou em termos de capital e índices de provisões técnicas, mas isso também se deveu à redução dos prêmios subscritos. Além disso, o patrimônio ajustado era de R$ 1,8 bilhão no final de setembro, o que o analista considera baixo.
O BTG afirma que a avaliação das ações pelo mercado está menos cara após a queda vista no último mês, mas o valor patrimonial por ação, de 0,7 vez, ainda é considerado alto diante da rentabilidade que o IRB tem apresentado.
A partir dos resultados de outubro e novembro, informados pela resseguradora à Superintendência de Seguros Privados (Susep), o banco estima que a arrecadação do IRB no quarto trimestre ficará 13% abaixo do esperado. O lucro operacional, por sua vez, está próximo de R$ 80 milhões, ante os R$ 93 milhões esperados pela casa.