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Eleição na Grécia e divida dos EUA impactam Bolsas Europeias

A perspectiva de mais aperto monetário pelo banco central americano também teve impacto importante

Eleição na Grécia e divida dos EUA impactam Bolsas Europeias
Foto: Pixabay

Os mercados acionários da Europa fecharam na maioria em queda, nesta segunda-feira. O quadro foi misto ao longo do dia, mas houve certa piora mais para a reta final do pregão, com foco em negociações para elevar o teto da dívida do governo federal dos Estados Unidos e também em declarações de dirigentes de bancos centrais, entre eles do Banco Central Europeu (BCE).

A Bolsa de Londres foi na contramão da maioria e fechou em alta de 0,18%, em 7.770,99 pontos, e Madri também avançou, 0,57%, a 9.303,90 pontos. Já Frankfurt recuou 0,32%, a 16.223,99 pontos e Paris caiu 0,18%, a 7.478,16 pontos. A Bolsa de Milão fechou em queda de 0,76%, em 27.310,70 pontos, e Lisboa caiu 0,80%, a 5.994,82 pontos, esta encerrando na mínima do dia. As cotações são preliminares.

A Bolsa de Atenas também esteve em foco, com alta de 6,09%, em 1.201,32 pontos, após eleições na Grécia. O partido conservador Nova Democracia, do premiê Kiriakos Mitsotakis, obteve vitória clara, mas sem as cadeiras necessárias para obter maioria no Parlamento, com isso o primeiro-ministro pode buscar uma segunda eleição para tentar consolidar a vitória sem recorrer a um parceiro de coalizão. O Rabobank considera que uma nova disputa nas urnas poderia ocorrer em cerca de um mês. O Nova Democracia obteve pouco mais de 40% dos votos e o esquerdista Syriza ficou com cerca de 20%.

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Na agenda de indicadores, o índice de confiança do consumidor da zona do euro subiu, de -17,5 em abril a -17,4 na preliminar de maio, mas a Comissão Europeia lembrou que ele segue “bem abaixo de sua média histórica”. Para o Berenberg, a zona do euro deve ter crescimento “modesto” em 2023, mas com maior fôlego em 2024, apoiado também por melhora do quadro nos EUA.

Já entre dirigentes do BCE, François Villeroy de Galhau considerou prudente o fato de que o banco central desacelerou o ritmo de suas altas de juros, de 50 a 25 pontos-base. Já o economista-chefe do BCE, Philip Lane, considerou que os bancos da região estão bem capitalizados, mas lembrou que há instrumentos para apoiar a liquidez, caso preciso, e também apontou que vê como “suave” a transmissão da política monetária, com o mercado exibindo confiança no BCE.

O quadro nos EUA também esteve no radar, em meio a prolongadas negociações sobre o teto da dívida do governo federal. A perspectiva de mais aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) também seguia como foco importante.

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